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Estudo: Opções terapêuticas contra infecções vaginais

Agência Notisa - 10 de setembro de 2004 - 16:14

As enfermidades do aparelho geniturinário estão entre as que mais afetam as mulheres em todo o mundo. Manuel Colazzo Herrera, do Centro de Investigação e Desenvolvimento de Medicamentos, em Cuba, e sua equipe fizeram uma avaliação farmaco-econômica dos tratamentos para infecções vaginais como candidíase, tricomoníase, clamídia e gonorréia. O objetivo era identificar, entre as medidas terapêuticas fundamentadas em metodologias estabelecidas por entidades de saúde internacionais, as que oferecem maior efetividade e menor custo, garantindo, assim, uma utilização mais racional dos medicamentos. Os resultados do trabalho foram publicados na edição de janeiro/abril de 2004 da Revista Cubana de Farmácia (volume 38; número 1).

Segundo o artigo, a Trichomonas vaginalis é responsável por 5% a 10% de todas as infecções vaginais transmitidas sexualmente. A Candida albicans responde por 80% a 90% das infecções vaginais causadas por fungos. Já a clamídia ``cada vez adquire mais importância pela freqüência com que se apresenta``, enquanto a gonorréia é ``uma infecção que sofreu um crescimento notável nos últimos tempos, assim como um acentuado aumento do número e variedade de cepas do patógeno resistentes aos antibióticos``, dizem os pesquisadores no artigo.

Agentes antimicrobianos, com ação antifúngica, antibacteriana ou antisséptica, constituem o arsenal terapêutico contra as infecções vaginais. A efetividade desses medicamentos pode ser expressa pelo percentual de casos curados após o tratamento. A medida terapêutica mais eficiente será, então, aquela com menor relação custo/efetividade.

De acordo com a análise de Herrera e sua equipe, quanto à candidíase, o tratamento mais eficiente é o uso de clotrimazol. Já em relação à tricomoníase, o medicamento com menor relação custo/efetividade é o metronidazol.

A azitromicina e a doxiciclina, dois medicamentos importados por Cuba, parecem ser as melhores alternativas para o tratamento da clamídia. ``A doxiciclina tem como desvantagem a duração do tratamento durante um ciclo de sete dias e sua administração é contra-indicada para grávidas``, dizem os pesquisadores no artigo. A azitromicina, embora seja usada em dose única e possa ser prescrita em caso de gravidez, apresenta um custo mais elevado no mercado internacional. Porém, ``uma vez obtida a produção nacional da azitromicina, os custos do tratamento diminuirão consideravelmente``, afirmam.

Segundo Herrera e sua equipe, para a gonorréia, as melhores opções seriam a ciprofloxacina e a ceftriaxona. O primeiro medicamento é mais barato, mas é contra-indicado para gestantes. Além de mais caro, o segundo tem o inconveniente de ser administrado por via intramuscular. No entanto, ele pode ser prescrito para qualquer tipo de paciente. Nos casos de clamídia combinada com gonorréia, que são bastante comuns, Herrera e sua equipe recomendam azitromicina mais ciprofloxacina ou ceftriaxona, ``por seus excelentes resultados clínicos, econômicos e sociais``.

Agência Notisa (jornalismo científico - scientific journalism

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