Os focos de febre aftosa do Mato Grosso Sul já refletem no preço pago pelo boi gordo, o que significa perda de renda do pecuarista. Estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o valor pago pelo boi gordo ao pecuarista caiu 15,49% entre janeiro e setembro e os custos de produção subiram 5,21% no mesmo período.

Os produtores já registravam queda na renda desde 2003, mas segundo o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, os preços estavam em recuperação antes da ocorrência de aftosa. "Agora, acreditamos que os valores devam se estabilizar", previu.

De acordo com levantamento da CNA, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) do produto Carnes estava negativo em 5,16% até setembro, quando em outubro apresentou recuperação e estava negativo em 1,18%. O IPCA de janeiro a outubro subiu 4,73%. Já as perdas do pecuarista no acumulado até setembro estavam em 18,17% e, em outubro, se reduziram para 8,97%.