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Estudo demonstra como 'ataque' do sistema imune leva ao aborto espontâneo

EPharma Notícias - 10 de agosto de 2017 - 18:00

Em estudo em ratos, pesquisadores do Hospital Saint Michael, no Canadá, demonstraram como células do sistema imune podem impedir o crescimento do feto no útero ou causar um aborto espontâneo.

A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (9) na “Nature Comunnications” e tem como objetivo evitar que mulheres sofram de trombocitopenia neonatal, condição em que o sistema de defesa da mãe enxerga o feto como uma “ameaça” e envia anticorpos para destruir as células fetais.

Essa resposta imune ocorre normalmente, mas, em alguns casos, ela é mais agressiva. O que os pesquisadores descobriram é que, em ratos, o ataque permanece ao longo da gravidez nas cobaias que vão ter problemas com o feto mais à frente.

Outro achado é que o sistema imune dos ratos também ativou anticorpos que têm por alvo células responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento da placenta: os trofoblastos.

Esse “ataque imunológico” pode deformar a placenta e interromper o envio de nutrientes para o feto, o que limita o crescimento do bebê no útero e aumenta a probabilidade de aborto espontâneo.

O pesquisador Heyu Ni, autor do estudo e cientista do Hospital Saint Michael, diz que o achado poderá ajudar a evitar os efeitos devastadores da condição.

"Acreditamos que estamos mais próximos de mecanismos capazes de identificar esses casos mais cedo", disse o pesquisador.

No laboratório, os pesquisadores também testaram drogas que poderiam prevenir o ataque do sistema imune ao feto.

Uma opção testada é um tipo de ‘outro anticorpo’ construído para atacar a célula de defesa da mãe enviada para destruir a placenta.

A construção da estrutura foi feita a partir do plasma sanguíneo de mais de 1.000 doadores saudáveis. Pesquisadores também observaram que a terapia conseguiu diminuir os anticorpos anti-fetais maternos.

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