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Estudantes ocupam prédio da Unesp

Elaine Patricia Cruz e Bruno Bocchini /ABr - 26 de maio de 2007 - 17:20

São Paulo - Estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mantém ocupado um bloco do Instituto de Geociências e Ciências Exatas do campus universitário de Rio Claro, no interior paulista. A ocupação, realizada de forma pacífica, teve início na noite de quinta-feira (24). As informações obtidas junto à Reitoria e aos manifestantes são contraditórias.

De acordo com a assessoria de imprensa da Reitoria da Unesp, há cerca de 200 estudantes e eles já se reuniram com a direção do instituto, mas ainda não apresentaram uma pauta de reivindicações. As aulas realizadas no edifício foram transferidas para outro local e transcorrem normalmente. Os alunos contam outra história.

A Agência Brasil entrevistou hoje um representante do comitê de greve da Unesp em Rio Claro, que é também responsável pela comissão de comunicação da ocupação e se identificou apenas como Tom. Segundo ele, uma assembléia geral, realizada quinta-feira com cerca de 300 estudantes, decidiu a favor da ocupação do prédio, conhecido como G1 e que fica no campus Bela Vista. No mesmo dia, cerca de 100 alunos começaram a ocupar o local, mas o número agora é “flutuante”, podendo variar de 60 a 70, 24 horas por dia. As aulas, diz ele, foram suspensas, pois alguns professores também aderiram à movimentação e não lecionaram.

“O número [de manifestantes] é um pouco flutuante por causa das comissões. As comissões de finanças e alimentação, por exemplo, têm que fazer trabalhos fora da ocupação, portanto, este número não é estável”, revelou o representante. Seis comissões foram montadas pelos alunos: finanças, limpeza, segurança, alimentação, comunicação e de atividades.

O objetivo, informou o aluno, é o atendimento de uma pauta com 17 reivindicações, a maior parte delas relativa às condições dos campi da Unesp no interior do estado. Mas a mobilização também se refere às recentes modificações no ensino superior implantadas pelo governo paulista, que motivaram a ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP).

“O carro-chefe disso, e que está levantando a mobilização no estado inteiro, são três pautas: contra a criação da Secretaria Estadual de Ensino Superior; contra os decretos do Serra [assinados em janeiro deste ano pelo governador José Serra, que dizem respeito à autonomia universitária]; e contra qualquer repressão da ocupação da USP”, afirmou Tom.

“Estamos fazendo grupos de discussão e plenárias constantemente. Cada encaminhamento é tirado nesses espaços”, explicou. Ele disse que todas as discussões sobre os próximos passos da ocupação são "dinâmicas e decididas nas plenárias". Hoje, por exemplo, o grupo deve decidir sobre como ampliar o número de alunos participantes da ocupação e como “extrapolar os muros da universidade”, solicitando apoio da comunidade para a causa.


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