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Esteatose hepática e a alimentação

Gazeta Esportiva - 29 de março de 2017 - 11:00

A esteatose hepática ou fígado gorduroso é caracterizado pelo acúmulo de gordura no fígado. O problema começa quando a oferta de ácidos graxos e glicose vindos pela alimentação passa a ser excessiva, e quantidades de moléculas de triglicérides também se elevam excessivamente e passam a se acumular no fígado.

O grande risco consiste no fato deste excesso de gordura no fígado desencadear uma inflamação deste órgão, levando a um quadro clínico de esteato hepatite gordurosa, o que gera grande risco na saúde do fígado, podendo desencadear uma fibrose do órgão conhecida como cirrose hepática.

A esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite. As causas desses dois tipos de esteatose são o consumo de bebidas alcoólicas e a obesidade ou sobrepeso. Mais de 70% dos pacientes com esteatose são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco.

Outros fatores de risco para o desenvolvimento de gordura no fígado são a diabetes tipo 2, a resistência a insulina e o colesterol elevado. A esteatose é mais comum em mulheres e, pode também aparecer em pessoas magras e com baixa ingestão de álcool, em proporções menores.

Tanto a esteatose hepática como a esteato-hepatite não causam sintomas (são assintomáticas) em fases iniciais e normalmente são descobertas acidentalmente em exames de ultrassonografia ou tomografias. Não existe tratamento específico para esteatose, e o alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco citados acima. A fase de esteatose pode ser reversível apenas com alterações dos hábitos de vida.

A perda de peso é possivelmente a medida mais importante. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana para evitar uma piora do quadro. A prática regular de atividade física também ajuda muito, pois diminui o colesterol e aumenta o efeito da insulina no organismo.

Deve-se controlar o colesterol, o diabetes, e, se possível, trocar medicamentos que possam estar colaborando para a esteatose. Não há uma dieta específica para o paciente, porém, a sua alimentação deve ser balanceada de forma a facilitar a perda de peso, o controle do diabetes e do colesterol. O paciente deve, portanto, evitar frituras, excesso de gorduras e doces.

Quais carboidratos fornecem quantidades exageradas de glicose depois de ingeridos? Vamos à lista:

Açúcares e doces de um modo geral
Farinhas refinadas, todas elas: de trigo, de milho, de arroz, de mandioca, de aveia.
Todos os derivados das farinhas refinadas: pães, massas, biscoitos, bolachas, bolos, tapioca, etc
Arroz branco, batata inglesa (pior ainda se frita em óleo pois os óleos são fontes de ácidos graxos)
Bebidas alcoólicas e refrigerantes comuns.

Como ajuda extra para nos protegermos da esteatose hepática, existem alguns nutrientes encontrados em alimentos chamados de colina e betaína que parecem ajudar o fígado a exportar para a corrente sanguínea os triglicérides que estão sendo produzidos nele, evitando assim o acúmulo dos triglicérides no fígado, que é o início da esteatose. As fontes alimentares de colina e betaína são:

Quinoa
Beterraba
Espinafre
Farelo e gérmen de trigo
Ovos
Soja

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