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Estado ganha sistema de coleta e armazenamento de dados civil e criminal totalmente digitalizado

08 de julho de 2010 - 07:37

Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul vai ganhar um banco de dados datiloscópico totalmente digitalizado. O contrato de prestação de serviços, no valor de R$ 13.389.300,00 foi firmado com a empresa American Banknote e publicado no Diário Oficial desta terça-feira (6). A companhia vencedora da licitação será responsável pela total digitalização do acervo datiloscópico do Instituto de Identificação do Estado que, de acordo com o coordenador, perito papiloscopista Celso José de Souza, tem quase dois milhões de dados.
Com isso, o Estado passa a ter um dos mais modernos sistemas de coleta e armazenamento de informações datiloscópicas do País. “É um sistema que nós trouxemos do Rio Grande do Sul e vamos aplicar aqui no Estado”, explica o perito papiloscopista Celso José.
Além de ter todo o banco de informações digitalizado, o Instituto de Identificação passa a contar com a coleta de dados biométrica. “Hoje somente a relação nominal é digital”, lembra. A partir da implantação do novo sistema, aqueles que precisarem tirar uma carteira de identidade civil não precisarão mais sujar os dedos com tintas para a coleta de impressões digitais que passa a ser realizada através do sistema Afis [Automated Fingerprint Identification System].
“Inicialmente vamos implantar este novo sistema no posto de identificação central de Campo Grande, nos três Práticos espalhados pela Capital (Guaicurus, General Osório e Aero Rancho) e em 11 regionais do interior do Estado”, enumera. De acordo com o coordenador do Instituto de Identificação, o novo sistema vai beneficiar principalmente na economia de tempo gasto na busca manual das informações do banco de dados.
Atualmente, todas as vezes que há uma solicitação de nova via de identidade, por exemplo, o perito papiloscopista utiliza uma fórmula datiloscópica para a verificação e busca manual das impressões digitais já armazenadas. “Hoje esta busca pode demorar de 35 a 50 dias na Capital. No interior é entre 45 e 60 dias. Com o sistema novo, em Campo Grande a espera pela busca fica em torno de cinco dias e para o interior em até 15 dias”, prevê.
“Esta análise no banco de dados é feita principalmente para verificação de possíveis fraudes e para auxiliar o trabalho policial. O sistema vai trazer eficiência ao serviço realizado pelo perito papiloscopista, garante efetividade, celeridade e mais segurança nas informações”, observa Celso.
Segundo o coordenador do instituto, a expectativa é de que em até quatro meses o sistema já esteja funcionando no Estado. Os peritos papiloscopistas serão capacitados para trabalharem com o novo software que também deve integrar o banco de dados criminais. “E posteriormente este sistema terá interoperalidade com o banco de dados da Polícia Federal”, salienta o perito.
As mudanças na coleta e armazenamento de dados civis não terão reflexo no valor cobrado para a confecção das cédulas de identidade. O coordenador do Instituto de Identificação garante que os valores praticados hoje não serão alterados em vista da aplicação da nova tecnologia.
O Afis é um sistema que permite o compartilhamento do banco de dados de impressões digitais com outros órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal. O sistema é uma estação de consulta. Atualmente, para fazer buscas de impressões digitais, tanto nas áreas civil ou criminal, utiliza-se a busca de forma manual, através de equipamentos eletromecânicos.
Com o novo sistema, o perito papiloscopista ganha auxílio nas investigações, através dele os fragmentos de impressões digitais revelados em locais de crimes serão inseridos no sistema que irá permitir uma futura busca automática das impressões digitais já cadastradas através dos Boletins de Identificação Criminal.

Fonte: Polícia Civil de MS

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