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Estabilidade emocional: o melhor presente para o seu filho

Heloisa Capelas - 10 de dezembro de 2014 - 08:32

Está chegando o Natal e você está pensando qual o melhor presente para dar para seu filho?

Nada de errado em presentear as crianças com aquilo que elas desejam, mas já que estamos falando de uma época de reflexão sobre o que somos e o que queremos que nossos filhos sejam, aqui vai um presente precioso.

Um estudo da LSE (London School of Economics) com mais de 9 mil crianças afirma que estabilidade emocional no lar tem mais influência na felicidade futura de crianças do que dinheiro ou, até mesmo, um bom desempenho acadêmico. Os pesquisadores concluíram que a "saúde emocional" na infância é fator determinante.

Nos muitos anos lidando com pessoas e estudando a inteligência comportamental, também defendo que muitas das características que apresentamos na fase adulta são definidas durante a infância e que os comportamentos que observamos daqueles que são próximos nessa fase é que refletirão nas nossas emoções futuras.

A inteligência emocional é a mais vivida em toda a primeira infância, por volta dos sete anos. Quando a criança nasce, ela é seu corpinho e todas as sensações dele. Em resumo, sobressaem suas partes física e emocional, já as outras inteligências estão lá, mas em latência.

Essa afirmação é fundamentada no Processo Hoffman, no qual me tornei especialista. Criado por Bob Hoffman em 1967, o método consiste em uma teoria que considera a integração das inteligências humanas: intelectual, emocional, espiritual (ou intuitivo) e corporal (ou físico).

Quase no mesmo período, o psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung, descreveu as quatro funções psicológicas humanas (pensamento, sentimento, sensação e intuição). Mais tarde, por voltada da década de 1990, a inteligência emocional se tornou reconhecida como fator essencial da personalidade humana para as soluções de problemas do dia a dia.

Em suma, o aprendizado na infância depende da nossa inteligência emocional e ocorre sempre por cópia e repetição. A criança nasce com toda a capacidade de sentir e vai desenvolvendo-a à medida que percebe como é que o outro vive. Como é que o outro expressa raiva? Tem abraço? Não tem abraço? Como é que a mãe fala? Alto, baixo, depressa...Tudo isso a criança segue aprendendo a expressar, tendo como referencial o próprio corpinho. E nosso aprendizado, na infância, é sempre por cópia e repetição.

E é esse aprendizado que absorvemos quando somos crianças que nos acompanha por toda a vida e, se não tivermos consciência dele, podemos reproduzir maus hábitos sem perceber.

A maneira como expressamos a raiva, por exemplo, tem influência dessa fase. Por isso, antes de analisar o comportamento de seu filho e o que o faz feliz, reflita sobre o seu próprio comportamento e que exemplos está dando a ele.

Heloísa Capelas é autora do livro recém-lançado, o Mapa da Felicidade (Editora Gente). Especialista em Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, atua no desenvolvimento do potencial humano há cerca de 20 anos.

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