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Espinhela Caida, Bucho Virado e Mal de Sete Dias – Mitos e Verdades

Trocando fraldas - 23 de julho de 2016 - 12:16

Crenças populares sempre povoam as conversas de quem é mais velho. Sempre ouvi minha mãe e tias falarem de quando alguém levanta o bebê que o bucho vira, ou quanto tomava um susto muito grande também. Espinhela caída em bebê é outro assunto que volta e meia aparecia em casa, mas será que tudo isso é verdade? Do que se trata a espinhela caída e o bucho virado? Bom, para começar devemos lembrar de que se trata de um mitos e verdades e algumas envolvem superstições dos antigos (avós, bisavós e tataravós) por isso não é um texto sobre religião e sim sobre casos que eram tão comuns nos séculos passados onde a medicina não era tão acessível e desenvolvida como hoje em dia. Então para desvendar esses mitos, fui mais a fundo para saber o que tem de verdadeiro e de mito nesses males seculares que podem acometer um bebê.

Espinhela Caída – Verdade!

A espinhela caída ou Arca caída é um mal que pode trazer muitos sintomas tanto em adultos como em bebês porém em bebês é mais incomum. A espinhela caída é nada mais do que um nome dado a um deslocamento do osso do meio tórax. Esse osso é flexível e pode se deslocar nos adultos por carregar excesso de peso e nos bebês? Esse deslocamento pode se dar por mau jeito na hora de pegar o bebê, pode também acontecer por brincadeiras como a de jogar para cima e outros motivos e os sintomas podem ser:

Vômito
Posição desconfortável (nenhuma posição está boa para o bebê)
Choros muito sentidos (pela sensação de dor mesmo)
Braço ou pernas mais longos do que o outro


E para diagnosticar? Atualmente já comprovado cientificamente sabe-se que um simples raio x pode mostrar o osso deslocado no torax e a famosa espinhela caída, porém como não é um mal muito divulgado, pode se ter vários diagnósticos até se chegar ao que realmente possa ser. Antônia uma senhora de 70 anos costumava presenciar casos de espinhela caída e antigamente era tratada com muita superstição envolvendo rezas e benzedeiras, hoje nem sempre é assim mas ainda existe a superstição ao redor da espinhela caida.

“Antigamente quando víamos uma criança chorando demais a mãe já suspeitava de espinhela caída e logo quem era a primeira consultada sobre o assunto era a benzedeira. Minha mãe foi benzedeira a vida toda, um ensinamento de mãe para filha, porém eu não quis continuar com a missão. Ela benzia tanto crianças com espinhela caída como bucho virado e era muito requisitada. Para verificar se havia mesmo espinhela caída nós mediamos com barbante as pernas, barriga e braços da criança e ai se houvesse diferença fazia-se a reza para reestabelecer a saúde da criança e já quase como imediatamente sumiam os sintomas.”

Mas como curar espinhela caída então sem auxilio de “rezas” como antigamente? Não se desespere! sessões de fisioterapia podem resolver. Caso seu bebê esteja chorando demais, vale a pena pedir para o pediatra dar uma olhada no bebê e se for o caso fazer um raio x do tórax.

Bucho virado – Quase verdade!

Só que o bucho virado agora é conhecido com outro nome é síndrome do bebê sacudido. Essa síndrome é ativada por movimentos que movimenta o cérebro dentro do crânio da criança e assim podem fazer com que o bebê tenha problemas como vômitos, irritabilidade, convulsões e tudo isso devido a lesão que pode ter sido causada por movimentos bruscos manuais envolvendo o bebê então a tal brincadeira inocente de jogar o bebê para cima e pegar pode se tornar um risco para o bebê.

Mal de Sete Dias – Mentira

O mal de sete dias era temido pelas mães que se trancavam no quarto após o nascimento do bebê e no sétimo dia do nascimento da criança, não expunham o bebê recém-nascido á luz e a vestiam de vermelho para afastar o mal. Esse mal de sete dias pode ser interpretado de duas formas: Icterícia ou inflamação do umbigo, o tétano néonatal, ambos eram desconhecidos por muitas pessoas antigamente. O amarelão como a icterícia era chamada poderia até mesmo matar a criança dependendo do grau e coincidentemente se agravava no 7 dia de vida do bebê. A infecção do umbigo, tétano neonatal se dava devida a má higiene no instrumento de corte e ferrugem na hora de separar a mamãe do bebê pelo cordão umbilical. Então podemos concluir que a parte da doença é verdadeira mas o folclore em torno não é real, deixar a criança fechada no quarto escuro não evitaria a doença.

Felizmente ambos são diagnosticados e medicados pelos médicos e foram afastados dos tempos modernos. Crenças populares que acabaram sendo confirmadas e outras que não se encaixam e não passam de o sabedoria popular? então envie sua dúvida quem sabe ela não esteja no próximos mitos e verdades da maternidade.

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