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Geral

Espaço de Nilton Bustamante

Nilton Bustamante - 30 de janeiro de 2004 - 07:07

Amigo, leia até o final... há um alerta.
Fraterno abraço,
Nilton Bustamante




A BRUXA




Calma, não se assustem!
Nada de vassouras voantes, caldeirões enfumaçados, bichos medonhos ...
Mas, pensando bem, até que é uma boa feitiçaria da Ciência, ao navegarmos pela tal da Internet.
Recebi mensagem de uns gozadores, que se deliciam no escárnio à mulher.
Assim começa a mensagem provocadora:

“... O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto obrava furtivamente em um bosque. O Rei poderia tê-lo matado no ato, pois tal era o castigo para quem violasse as leis da propriedade, contudo se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil. A pergunta era: O que realmente as mulheres querem? Semelhante pergunta deixaria perplexo até o homem mais sábio, e ao jovem Arthur lhe pareceu impossível respondê-la. Contudo aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou ao seu reino e começou a interrogar as pessoas. A princesa, a rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o palhaço da corte, em suma a todos e ninguém soube dar uma resposta convincente. Porém todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços. Chegou o último dia do ano acordado e Arthur não teve mais remédio se não recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição, primeiro aceitaria o preço. Ela queria casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da mesa redonda e o mais íntimo amigo do Rei Arthur. O jovem Arthur a olhou horrorizado: era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos... nunca havia topado com uma criatura tão repugnante. Acovardou-se diante da perspectiva de pedir a um amigo de toda a sua vida para assumir essa carga terrível. Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Mesa Redonda. Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, disse: -O que realmente as mulheres querem é serem soberanas de suas próprias vidas!
Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem Rei Arthur estaria salvo. Assim foi ao ouvir a resposta, o monarca vizinho lhe devolveu a liberdade. Porém que bodas tristes foram aquelas... toda a corte assistiu e ninguém se sentiu mais desgarrado entre o alívio e a angústia, que o próprio Arthur. Gawain, se mostrou cortês, gentil e respeitoso. A velha bruxa usou de seus piores hábitos, comeu sem usar talheres, emitiu ruídos e um mau cheiro espantoso. Chegou a noite de núpcias. Quando Gawain já preparado para ir para a cama, aguardava sua esposa, ...ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar! ...Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido. A jovem lhe respondeu com um sorriso doce, que como havia sido cortês com ela, a metade do tempo se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela. Então ela lhe perguntou: - Qual ele preferiria para o dia e qual para a noite?
Que pergunta cruel... Gawain se apressou em fazer cálculos... Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos e, à noite, na privacidade de seu quarto, uma bruxa espantosa ou, quem sabe, ao contrário, ter de dia uma bruxa e a uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal. Vocês o que teriam preferido? ...o que teriam escolhido? A escolha que fez Gawain está mais abaixo, porém antes tome sua decisão. É muito importante que sejam sinceros com vocês mesmos.
O nobre Gawain respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser dona de sua vida.

MORAL DA HISTÓRIA: ‘Não importa se a mulher é bonita ou feia, no fundo sempre é uma bruxa.’ ”

Todavia, não me conformei com este final, ainda que se trata de uma “brincadeira” com as mulheres. Respondi aos remetentes sabichões, com uma outra versão do final:

- MORAL DA HISTÓRIA II: Quando o homem aprende a tratar a mulher - é válido para todo ser humano - com respeito e delicadeza; deixá-la externar suas opiniões e levá-las em conta numa relação sensível, de confiança, até mesmo uma “bruxa” tornar-se-á uma bela mulher o tempo todo.


Auttor: Nilton Bustamante [email protected]

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