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Escrivão que matou a amante em 2011 é condenado a 15 anos de prisão

Flávio Paes, Campo Grande News - 19 de setembro de 2015 - 09:09

Ossada da jovem foi localizada 5 meses depois do crime (Foto:Arquivo)
Ossada da jovem foi localizada 5 meses depois do crime (Foto:Arquivo)

O escrivão da Polícia Civil, Ricardo Barem de Araújo, de 41 anos que matou Sandy Luana Honório Cardoso, de 22 anos, foi condenado na última quarta-feira, dia 16, pelo Tribunal do Júri, a 15 anos de prisão. O crime aconteceu em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, no dia 28 de novembro de 2011 e a ossada da vítima só foi localizada cinco meses depois, às margens da MS-162. No dia 1º de dezembro o policial chegou a registrar ocorrência do desaparecimento da vítima com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. A jovem foi morta com três tiros de ponto 40, pistola de uso exclusivo da Polícia.

Em 20 de abril de 2012, trabalhadores encontraram uma ossada humana, que estava "vestida" de calcinha e sutiã, às margens da MS-162, a 13 quilômetros de Maracaju. Próximo aos ossos também foram encontrados dois projéteis e cápsulas de pistola ponto 40, arma de uso exclusivo da Polícia. No exame de DNA, ficou comprovado que a ossada era de Sandy. Também foi feito exame de balística, que indicou que os projéteis saíram da arma do escrivão.

Diante das provas levantadas, Ricardo confessou o crime, mas garantiu que não planejou a morte de Sandy. O escrivão disse no seu depoimento que no dia 28 de novembro de 2012 por volta da meia-noite, ele e a jovem estavam namorando às margens da rodovia - local que ela foi encontrada morta - , quando começaram uma discussão. Em determinado momento a vítima caiu, quando fez três disparos em direção de Sandy.

Policial admitiu que por um ano e quatro meses manteve um relacionamento extraconjugal com a vítima. Pelo que se apurou, o escrivão teria resolvido matar Luana porque ela saberia de coisas que poderiam comprometer sua a pessoal e profissional .

Ossada - A mãe de Luana, mesmo antes do resultado do exame de DNA, já estava convencida que a ossada encontrada ás margens da MS-162, era de fato da sua filha, por conta de uma falha dentária encontrada nos restos mortais.

Mesmo após o exame de balística ter confirmado que os projeteis encontrados perto da ossada, saíram da sua arma, o policial ainda tentou negar envolvimento no crime. Chegou a dizer que os projéteis tinham sido plantados na cena do crime, por alguém que não gostava dele, contudo, jamais indicou e seriam estes inimigos.

Diante das evidencias, acabou confessando. Ele relatou que no dia do crime, tinha se encontrado com a vítima e mantido relação sexual com ela. Na volta, parou no acostamento para urinar, quando a moça teria desequilibrado e caido numa ribanceira. Ao ver que ela estava sofrendo, efetuou dois disparos em sua direção, sem saber se a atingira ou não, versão que as provas levantadas desmentiram. O escrivão teve a prisão decretada no dia 15 de junho de 2012.

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