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Entrevista com Carlos Alberto Parreira: "chegou a hora"

CBF News - 06 de junho de 2006 - 06:45

Desde que reassumiu o comando da Seleção Brasileira, em janeiro de 2003, o objetivo de Carlos Alberto Parreira passou a ser a Copa do Mundo da Alemanha. Mais de três anos depois, disputadas as Eliminatórias, duas Copas das Confederações e uma Copa América, o técnico diz que chegou a hora da verdade para a Seleção Brasileira. O sentimento foi consolidado assim que desembarcou no final da noite de domingo em solo alemão.

- Até agora estávamos em processo de espera, em que tudo o que se planejou e se direcionou foi visando a este momento. Agora, ele chegou, é a hora da verdade para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Na hora da verdade, Parreira vê bem-sucedido este período de preparação para a disputa da Copa do Mundo. Como acredita que a competição se ganha também fora de campo, está convencido igualmente que o grupo já deu um passo importante nesse sentido - ele vê os jogadores unidos em torno do objetivo.

- Na última reunião, um jogador se atrasou e levou uma vaia que durou alguns minutos. Até nesse tipo de reação, nas brincadeiras, isso mostra o quanto todos estão concentrados em busca do objetivo. Por isso, disse a eles que um passo muito importante já foi dado.

Dentro de campo, Parreira disse que ficou feliz ao saber das declarações de Kaká, em que considera a Seleção pronta para a disputa da Copa.

- É muito bom saber que essa convicção vem de um jogador. Claro que a Seleção precisa de ajustes, mas tenho certeza que o primeiro período de treinos, em que foi dada ênfase à saúde do grupo e aos exercícios de formação de equipe, foi muito bem-sucedido.

O desempenho da equipe nos dois amistosos, contra o Combinado de Lucerna e Nova Zelândia, mesmo ressalvadas as limitações dos adversários, foi considerado muito bom.

- Não foi nem pelas goleadas, mas sim pelas alternativas que o time apresentou, pelas muitas oportunidades de marcar criadas. E ainda pela constatação de que o esquema tático implantado nas Eliminatórias e na Copa das Confederações vem dando certo.

Alternativas que passam para o banco, na qualidade técnica dos jogadores que entraram nos dois jogos - a Seleção não perdeu o seu estilo de jogo.

- Fiz várias subsituições e o time continuou com a mesma dinâmica. Mostrou que tem um estilo de jogo consolidado.

Faltam agora um trabalho de treinos mais específicos, uma maior mentalização visando à estréia e disputa da competição e preleções e treinamentos sobre as características dos adversários, em cima do trabalho que vem sendo feito pelos observadores técnicos da Seleção Brasileira.

- Vamos treinar mais as situações de bola parada, de córneres e faltas, tanto ofensivas quanto defensivas. Até a estréia vamos fazer umas quatro reuniões, reforçando o trabalho de motivação e mentalização para a disputa. E vamos detalhar as características dos adversários, nos dias que antecederem cada jogo.

Traçado o planejamento da reta final, convencido de que o ambiente entre os jogadores é o melhor possível, resta perguntar como anda o estado de espírito do treinador.

- Nunca estive tão tranqüilo. Está tudo sob controle - garantiu Parreira na conversa em seu apartamento na concentração do Brasil em Konigstein.

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