Os preços do leite e derivados deram um salto nos últimos 30 dias, impulsionados pelo período de entressafra. O momento, que seria propício para os produtores mineiros aumentarem as margens de lucro, foi freado pela concorrência das indústrias do Sul do país, que operam a produção a todo vapor, inserindo o produto com preços bem mais competitivos no mercado paulista, maior comprador nacional. Para o consumidor, não há muita coisa a se fazer, a não ser esperar o início da safra, em outubro.


Segundo Sérgio Avellar, do Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), o que mais preocupa o setor é a recomposição das margens de lucro sobre o leite e seus derivados promovida pelo varejo, especialmente no caso do longa vida. Em São Paulo, a variação real de preço do leite longa vida entre janeiro e junho deste ano foi de 20,8%. "O mercado paulista tem uma variação muito próxima à de Minas", comenta. No entanto, ele ressalta que, para o produtor, o reajuste real ficou em apenas 3% em Minas.




Autor:
Boletim Pecuário