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Entre 5 e 18 anos de idade, câncer é a principal causa

Agência Notisa - 28 de novembro de 2008 - 07:26

No dia 27 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer, o INCa (Instituto Nacional do Câncer) marcou a data com o lançamento da publicação Câncer na criança e no adolescente no Brasil: dados dos registros de base populacional e de mortalidade, com presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão e do Vice-presidente da República, José Alencar. O livro, que reúne informações e estatísticas da incidência e da mortalidade da doença em todo o Brasil é, segundo Luiz Antonio Santini, Diretor Geral do INCa, uma iniciativa inédita no país.


A leucemia é o tipo de câncer que mais acomete e mata pacientes nesta faixa etária. O linfoma é o segundo tipo mais freqüente, porém causa menos mortes que os tumores do sistema nervoso central, que ficam em terceiro lugar, mas são, de acordo com Santini, de maior gravidade. Os dados apresentados no livro apontam os meninos como mais suscetíveis a desenvolver a doença do que as meninas – entre 2001 e 2005, 44 crianças e adolescentes (para cada um milhão) do sexo masculino morreram por causa de câncer, sendo esse número de 36 para pacientes do sexo feminino.

Dos 5 aos 18 anos de idade, o câncer é a principal causa de morte por doença no Brasil. O Ministro da Saúde atribuiu esse dado ao controle da medicina sobre doenças infecto-contagiosas. “As características demográficas atuais da sociedade – a taxa de natalidade da mulher brasileira já é 1,8 filhos e os idosos vivem mais de 60 anos – fizeram com que as doenças infecto-contagiosas, antes maior foco de preocupação da saúde pública, dessem lugar às doenças crônicas, e é aí que o câncer se encontra”, afirmou Temporão.


Também participaram da solenidade o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), Renato Melaragno, e o senador Marcelo Crivella. O pediatra defendeu uma aplicação de verba maior nos estudos sobre o câncer, alegando que “tratar das crianças do país não tem preço”. Além disso, disse que se estima que cerca de 9500 crianças e adolescentes desenvolvam câncer no próximo ano.

José Alencar, que, desde 2006, tem problemas recorrentes de tumores retroperitoneais de sarcoma em tecido mole, foi elogiado pela forma com que lida com sua doença. “Associam o câncer à morte, sofrimento e angústia. O senhor é um exemplo de perseverança, determinação e coragem”, disse o diretor do INCa. Santini afirmou também que os estudos do Câncer na criança e no adolescente no Brasil: dados dos registros de base populacional e de mortalidade evidenciaram uma mudança na perspectiva da criança com câncer: de 85% de mortalidade para 85% de chances de cura. “Isso tem relação direta com avanços terapêuticos, métodos de diagnóstico precoce e a
utilização de registros médicos como fonte de consulta”, disse.


De acordo com as autoridades presentes, para que o câncer abandone essa posição crítica na incidência e na taxa de mortalidade infanto-juvenil, é preciso que haja prevenção e diagnóstico precoce. “A arma mais poderosa de combate ao câncer é ainda a informação”, afirmou Temporão.


Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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