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Entendendo os corredores de rua

Portal Educação Física - 15 de junho de 2016 - 11:00

A corrida de rua tem mostrado um aumento exponencial no número de eventos e um crescente número de praticantes a cada ano, na mesma proporção aumenta a sua importância como promotora no ato de consumo, saúde e bem-estar da população. Além disso, é um esporte popular, de baixo custo, baixo risco, alta eficiência e grande praticidade. Com esse crescimento, o mercado vem atraindo simultaneamente uma maior concorrência entre as empresas que organizam esses eventos na Cidade de São Paulo, gerando novos desafios afins de que se possa proporcionar aos participantes um gama maior de produtos e serviços a serem oferecidos a esses consumidores praticantes de corrida de rua, que estão cada vez mais envolvidos com essa prática esportiva. O público que se mostra interessado em participar das corridas de rua é um dos mais variados possíveis. Longe de competições tradicionais realizadas periodicamente na capital paulista, estes praticantes dos mais diversos níveis sociais são encontrados nas praças, ruas e avenidas das cidades.

Em seus estudos para dissertação de mestrado, Luiz Silva destaca as seguintes dimensões que envolvem os praticantes de corridas de rua na cidade de São Paulo, em ordem de importância mostrando que a prática da corrida de rua está associada a aspetos afetivos, cognitivos, de prazer, de alta relevância, com baixo risco e com valor simbólico, para os praticantes sejam do sexo masculino ou feminino. Neste estudo foram realizadas 320 (trezentas e vinte) entrevistas pessoais com praticantes de corrida de Rua na Cidade de São Paulo, sendo, 188 (58,8) do sexo masculino e 132 (41,3), com media de 36 anos de vida. 145 (45,3) declaram-se casados, 147 (45,9) solteiros e 28 (8,8) separados, divorciados e viúvos, 134 (41,9) se declaram a escolaridade como sendo de graduação completa, 54 (16,9) com graduação incompleta, 50 (15,6) com especialização ou MBA, 25 (7,8) com mestrado e doutorado, 39 (12,2) com ensino médio completo, 13 (4,1) com ensino médio incompleto e 04 (1,3) com ensino fundamental

A amostra apontou que 206 (64,4) dos respondentes não utilizam assessoria esportiva e 187 ((58,4) não participam de equipes de corrida, o que mostra um nicho de mercado importante a ser explorado por profissionais de educação física, a participação em eventos de corrida de rua foi em média 04 (quatro) provas por praticante em 2015. O gasto médio com as provas de corrida de rua, incluindo-se acessórios, produtos de consumo e as taxas de inscrição foi de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta), mostrando que o praticante de corrida de rua busca o retorno deste investimento nas seguintes formas de motivações em ordem crescente de respostas múltiplas: saúde pessoal / indicação e recomendação médica(41,6); por ser praticada ao ar livre (40,0); para controlar o peso (34,4); controlar o stress (20,3) e pela socialização (18,8), mostrando que cada vez mais o praticante desta atividade busca investir cada vez mais em sua qualidade de vida.

(Fonte: Luiz Silva dos Santos é estatístico, Mestre em Gestão do Esporte).

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