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Entenda o projeto de produção do biodiesel

Gabriela Guerreiro/ABr - 24 de setembro de 2004 - 07:31

Brasília - O biodiesel, combustível produzido com o uso de vegetais como a mamona, dendê, babaçu e girassol, é uma das apostas do governo como nova fonte de energia no país. A idéia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é garantir que, até novembro, o governo federal autorize a comercialização do biodiesel nos postos de combustíveis como forma, também, de gerar empregos – uma vez que ele é produzido com base na plantação e colheita de vegetais. “Vamos fazer o biodiesel sobretudo da mamona, que é uma planta que dá com muita facilidade nas regiões mais pobres do Brasil e não precisa de tanta água”, defendeu o presidente hoje durante entrevista a emissoras de rádio.

Para ser aceito nos motores de caminhões, tratores e ônibus, o biodiesel vai misturar 2% de biodiesel vegetal ao óleo diesel mineral. A expectativa do governo é que, em 2005, a produção de biodiesel para atender ao percentual de mistura de 2% possa gerar mais de 150 mil empregos diretos e indiretos na agricultura familiar, por meio do fortalecimento das culturas de mamona, dendê, babaçu, girassol e soja, entre outros vegetais. A idéia é aumentar gradativamente a mistura do biodiesel até alcançar o percentual de 5% nos próximos cinco anos.

A entrada do novo combustível no mercado nacional também reduzirá a importação brasileira de diesel. Atualmente o país consome 37,6 bilhões de litros por ano, sendo que cerca de 6 bilhões de litros são importados ao custo de US$ 1,1 bilhão por ano.

Além de reduzir a importação e gerar empregos, o governo também é favorável ao biodiesel por reduzir menos gases poluentes na atmosfera que os combustíveis tradicionais. Segundo estudo feito pelo grupo PSA Peugeot Citroën e Ladetel, em uma parceria com a Universidade de São Paulo, a emissão de gases poluentes foi reduzida em até 16% nos carros com biodiesel.

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Rodrigo Rollemberg, o programa biodiesel B2 (2% na mistura com o diesel mineral) foi estabelecido como prioridade pelo presidente Lula justamente por agregar um alto fator de inclusão social, ser um combustível renovável e menos poluente.

O secretário ressaltou que, como o programa recebeu o status de prioridade pelo presidente Lula, diversos órgãos já trabalham em conjunto para garantir que ele seja realidade tão logo o marco regulatório que autoriza seu uso estiver pronto – provavelmente em novembro. “Cada órgão do governo está cumprindo um papel muito afinado para a produção do biodiesel, que foi definido pelo presidente Lula como uma prioridade, em função de seu poder de inclusão social”, afirmou Rollemberg.

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