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Entenda mais sobre Nestlé e Garoto

Andréia Araujo/ABr - 05 de fevereiro de 2004 - 07:44

Em fevereiro de 2002, a empresa suiça Nestlé desembolsou cerca de US$ 250 milhões para adquirir a capixaba Garoto. Por mais de dois anos, a união das companhias foi questionada. Coube ao Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidir se a produção da Nestlé e da Garoto poderiam estar sob um único comando e, se tal configuração, não prejudicaria a concorrência no setor de chocolates.

O processo, entretanto, tramitou na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), vinculada ao Ministério da Fazenda, e na Secretaria de Direito Econômico (SDE), vinculada ao Ministério da Justiça. Na Seae o parecer foi favorável à compra. No entanto, o secretário da SDE, Daniel Goodberg, mostrou-se contrário.

De acordo com a consultora da Tendências, Denise Pasqual, especialista em fusão, a decisão do Cade respeitou, acima de tudo, o direito do consumidor. “Essa foi uma decisão muito positiva. Mostra a maturidade do órgão. Buscou a concorrência e protegeu o consumidor”, disse.

Pasqual disse que o principal problema da fusão é a dificuldade de outras empresas de conseguir entrar no mercado brasileiro, por causa da extensão territorial do país. Segundo ela, para uma empresa estrangeira conseguir uma marca forte como o Chocolates Garoto, um parque industrial moderno e um “ótimo” sistema de distribuição é muito difícil. “Com a fusão haveria aumento de preço”, afirmou.

O futuro da maior empresa brasileira de chocolates deve ser a venda para empresas com menos de 20% do mercado. “A venda só não pode ser feita para a Kraft (a dona da marca Lacta no Brasil)”, informou. Com 3,1 mil funcionários e um faturamento estimado em R$ 454 milhões, a Garoto é um negocio bastante atraente. “Não será difícil vender a Garoto”, afirmou Pasqual.



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