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Ensino médio vive "crise aguda", afirma ministro

Kelly Oliveira, da Agência Brasil - 17 de setembro de 2007 - 16:36

O ensino médio vive “uma crise aguda” e, das etapas da educação básica, "talvez seja a que inspira maiores cuidados”. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ao participar hoje (17) da abertura do seminário Ensino Médio Diversificado, na Câmara dos Deputados.

Ele se baseou nos últimos dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Para o ministro, há perspectivas de melhora na qualidade do ensino médio em dez ou 15 anos, mas não dá para esperar esse tempo para oferecer educação de qualidade aos jovens matriculados. “O ensino médio custa a reagir”.

Haddad admitiu que, em 2004, o governo acreditava que se fossem ampliadas as oportunidades de acesso à educação superior a qualidade do ensino médio cresceria. Ele citou iniciativas do governo, como o Programa Universidade Para Todos (ProUni) e a expansão das universidades federais.

“Imaginávamos que essas providências poderiam ajudar a robustecer o ensino médio, dar uma nova perspectiva para a juventude, mas os indicadores, pelo menos até 2005, demonstram que essas iniciativas não têm impactado satisfatoriamente a questão da qualidade.”

Segundo o ministro, a saída para melhorar a qualidade agora é a expansão das escolas técnicas federais, com a previsão de aumento no número de unidades de 140 para 354 no país até 2010. “Mas isso ainda não será insuficiente”, admitiu.

Haddad defendeu que, depois de 2010, no próximo governo, seja estabelecida a meta de criação de 800 ou até mil unidades da escolas profissionalizadas da rede federal. Para ele, a manutenção dessas escolas demandaria recursos anuais entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões.

Paralelamente à ampliação das escolas técnicas profissionalizantes, o ministro acredita que é importante a discussão de um novo currículo para o ensino médio. Ele afirmou que a separação entre formação geral e profissionalizante no ensino médio “está um pouco fora de moda”. Para o ministro, a formação geral “é desinteressante" para uma boa parcela dos estudantes.

“Não podemos dar uma formação geral de primeiro mundo para alguns jovens e uma formação técnica para um sistema produtivo obsoleto para outros jovens. Temos que combinar virtuosamente essas duas dimensões”, disse.

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