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Enfermeira da Capital vai representar Centro-Oeste em oficina nacional

Midiamax - 20 de junho de 2017 - 15:30

A enfermeira Andrea de Oliveira Pereira Fernandes, gerente da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Macaúbas, foi selecionada pelo seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que aborda os exames realizados em pessoas diabéticas para representar no fim deste mês o Centro-Oeste na Oficina de Trabalhos Exitosos da UFF (Universidade Federal Fluminense).

O trabalho foi apresentado no curso de Aperfeiçoamento em Gerência de Unidades Básicas de Saúde, Gestão da Clínica e do Cuidado, onde a enfermeira abordou a ‘Avaliação do pé diabético em pacientes da unidade diagnosticados com diabetes mellitus’. “Ficamos surpresos com a seleção do nosso trabalho para representar todo o Centro Oeste na oficina da UFF. Isso mostra o reconhecimento da importância do cuidado aos pacientes com pé diabético, em razão das possíveis complicações que a doença pode ocasionar”, disse Andrea.

No exame é verificado o comprometimento neurológico causado pelo diabetes nos membros inferiores. No primeiro semestre de 2016 foi realizado apenas um teste na unidade de saúde. Já no segundo período do mesmo ano, foram 56 avaliações, e nos dois primeiros meses de 2017, 51 pacientes foram atendidos. O levantamento mostra o engajamento da equipe de profissionais envolvidos na atenção e o cuidado com pacientes com a doença. São quatro médicos, três enfermeiros e técnicos, farmacêuticos, além dos técnicos administrativos envolvidos no trabalho.

O curso ofereceu ferramentas para diagnosticar o déficit da unidade e identificar o problema, chamado de nó crítico e propor mudanças para resolução ou aperfeiçoar o trabalho de um indicador tão importante, que é a avaliação do pé diabético. Um dos pontos críticos apontados pelas ferramentas de avaliação foi a baixa adesão de pacientes e a falta do equipamento necessários para realizar o teste que identifica o pé diabético: o monofilamento de Semmes-Weinstem.

Este teste é o método de escolha recomendado como exame de rastreamento de neuropatia diabética: tem boa relação custo benefício, alta reprodutibilidade confirmada por estudos prospectivos e elevada especificidade. O teste do monofilamento consiste na inspeção de cinco pontos específicos nos pés com um filamento de nylon, visando determinar a presença ou ausência de sensibilidade tátil.

Após as dificuldades ultrapassadas, todos os pacientes identificados com diabetes mellitus da unidade passaram pelo teste para identificar se eram portadores do pé diabéticos. Desde então, são acompanhados com frequência e passam por avaliação periódica. É o caso do paciente Miguel do Vale da Silva, de 81 anos, que faz tratamento para diabetes há dois anos. Ele passou a receber orientações da equipe de profissionais quanto aos riscos de complicações por conta do pé diabético. “É muito importante este trabalho de orientação e cuidado para um bom tratamento. Toda precaução é pouca quando se fala do pé diabético”, disse ele.

Pé diabético

Ao se diagnosticar precocemente, o tratamento do paciente com o pé diabético contribui para a redução dos casos de amputações e o comprometimento do movimento dos pés e pernas. Pessoas com diabetes mellitus (DM) apresentam uma incidência anual de úlceras nos pés de 2% e um risco de 25% em desenvolvê-las ao longo da vida. Aproximadamente 20% das internações de indivíduos com DM são decorrentes de lesões nos membros inferiores e complicações do Pé Diabético são responsáveis por 40% a 70% do total de amputações não traumáticas de membros inferiores na população geral. Nestes casos, 85% das amputações de membros inferiores em pessoas com DM são precedidas de ulcerações, sendo os seus principais fatores de risco a neuropatia periférica, as deformidades no pé e os traumatismos.

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