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Geral

Enem expõe importância da atividade extracurricular

Assessoria MEC - 13 de julho de 2004 - 15:06

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) fez, pela primeira vez, o cruzamento dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com as respostas ao questionário socioeconômico. O relatório demonstra que o acesso a atividades extracurriculares pode representar diferença significativa no desempenho escolar. Na prova objetiva do Enem de 2003, a média dos estudantes que freqüentaram cursos de língua estrangeira, informática e pré-vestibular, por exemplo, foi de até 17 pontos acima da alcançada pelos que tiveram pouco ou nenhum acesso a esses cursos. Numa escala de zero a cem, a pontuação média no primeiro caso foi de 62 e no segundo, de 45.


Além da importância das atividades extracurriculares no desempenho do estudante, o trabalho aborda a influência do bem-estar residencial, dos hábitos de leitura, dos aspectos da escola e do interesse do aluno por assuntos atuais. Em 2003, a média geral de 1,3 milhão de participantes na prova objetiva foi de 49,5.


O estudo mostra uma diferença de sete pontos na média entre os estudantes que sempre lêem jornais, revistas e livros e aqueles que não têm esse hábito. A média dos participantes nos níveis mais baixos de leitura foi de 46. A de quem se posicionou nos patamares mais elevados, 53. A estrutura da prova do Enem, baseada em situações-problema e temas da atualidade, reforça a importância da leitura na resolução das questões.


Infra-estrutura – A situação das escolas também pesa na pontuação, de acordo com a avaliação que os alunos fazem das condições da sala de aula, da biblioteca e dos laboratórios, do acesso a computadores e da segurança. A média dos que estudaram em escolas com boa infra-estrutura foi de 55. A dos alunos das escolas em piores condições, 48.


Quanto à situação do estabelecimento de ensino, foram englobados fatores como iniciativa da escola, atenção e respeito dos funcionários, atividades culturais, liberdade de expressão e preocupação com problemas pessoais e familiares.


Outro fator com reflexos no desempenho é o interesse do participante por temas da atualidade. Estar em sintonia com acontecimentos da política nacional e internacional, da economia e com questões sociais e ambientais pode significar pontuação maior, em função de a avaliação estar bastante associada a temas atuais. Nesse indicador, a média de quem tem menos interesse foi de 46 e a de quem tem mais, 55.


O maior impacto foi verificado no indicador bem-estar residencial. Estudantes que vivem em famílias com bens associados ao poder socioeconômico, como TV, computador, internet, carro e telefone, chegam a obter média 22 pontos percentuais (63 a 41) superior à daqueles com acesso limitado a esses itens.


O relatório do Enem de 2003 pode ser consultado na internet.


Repórter: João Luiz Mendes

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