Os Ministérios da Defesa, da Agricultura e da Saúde, a FAB e o Exército foram mobilizados pelo Governo Federal para socorrer as populações que vêm sofrendo com as enchentes provocadas pelas chuvas, em várias regiões do país, mas principalmente no Nordeste. Todo o trabalho está sendo coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, que mobilizou aviões, helicópteros, caminhões e soldados para as ações de emergência, como transporte e distribuição de alimentos e instalação de pontes provisórias para restabelecer ligações rodoviárias com as localidades isoladas pelas águas.

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, informou que no momento "o trabalho é de emergência, para socorrer com remédios e alimentos as vítimas das cheias. Posteriormente, o Governo Federal agirá na execução de um programa estrutural que, entre outras coisas, prevê a reconstrução, distante das áreas de risco, das casas destruídas pelas chuvas".

Segundo o ministro, a prioridade da ação emergencial é abrigar em boas instalações as pessoas que perderam ou tiveram que abandonar suas casas, garantir alimentos e cuidados de saúde e evitar o isolamento de comunidades.

Os balanços dos órgãos de defesa civil encaminhados ao Ministério da Integração Nacional, até o meio-dia de hoje, registravam a seguinte situação em todo o país:

Desabrigados e desalojados - 104.325.
Casas destruídas------------ 4.206.
Casas danificadas----------- 28.356.
Mortos---------------------- 84.
Feridos graves-------------- 04.
Feridos leves--------------- 107.
Pontes destruídas----------- 16.
Pontes danificadas---------- 05.
Municípios atingidos-------- 350.
Estados atingidos----------- 15.

Hoje, o Governo Federal começou distribuir cestas básicas aos desabrigados e desalojados. Antes, as coordenadorias estaduais de defesa civil e as prefeituras já haviam distribuído mais de 1 mil toneladas de alimentos às vítimas das enchentes, principalmente no Nordeste.

Técnicos do Ministério da Integração Nacional estão visitando os municípios atingidos pelas chuvas desde sábado, para fazer um levantamento dos prejuízos colaborar na elaboração de planos de socorro e orientar a em planos de trabalho para futuras ações estruturais.

Esses técnicos visitaram até agora 104 municípios nordestinos que enfrentam o problema. São funcionários da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e do Departamento Nacional de Obras contras as Secas (Dnocs), além de engenheiros do Ministério da Integração Nacional.