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Geral

Empréstimo consignado sobe 116% desde junho de 2004

Stênio Ribeiro / ABr - 27 de julho de 2005 - 14:28

O empréstimo que tem seu pagamento feito diretamente por desconto na folha de pagamento – chamado de crédito consignado – aumentou 116,1% entre junho do ano passado e junho de 2005. O resultado teve impacto no quadro geral de empréstimos. O volume total de crédito do país subiu de 25,4% para 27,6% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.

O crédito consignado foi lançado em setembro de 2003 e estendido, em abril de 2005, também para aposentados. O aumento desse tido de empréstimos foi bem mais acentuado que a alta de 18,2% do volume total de crédito de julho/2004 a junho/2005. Os números foram anunciados hoje (27) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro. Ele disse na ocasião que a tendência de aumento do crédito foi mantida em junho, mas a taxa de juros começa a cair em quase todas as modalidades, com exceção do cheque especial, que subiu de 147,6% em média para 148% ao ano.

Segundo Altamir, as taxas caíram, basicamente, por força de convênios celebrados entre instituições financeiras e redes de varejo, que estimularam a absorção de agentes que operavam diretamente com as lojas; e "isso propiciou elevação do volume de crédito e redução das taxas" no seu entender.

Como exemplo disso, a redução mais significativa dos juros se deu nos financiamentos de produtos eletro-eletrônicos para pessoas físicas, que pagavam taxas de 57,8% ao ano, em média, no mês de maio, e passaram a pagar 54,1% no mês passado. Menor, portanto, que no crédito pessoal, que caiu de 77,2% para 76,2% no mês, mas ainda acima da taxa cobrada para financiamento na compra de veículos, que desceu de 37,4% para 36,9% -- quase igual à taxa de 37,2% do crédito consignado ao salário, que permaneceu estável.

Altamir ressaltou que houve queda também das taxas de juros cobradas das empresas. Os descontos de duplicatas caíram de 43,4% para 42,6%, os descontos de promissórias desceram de 53,5% para 52,4%, os empréstimos para capital de giro foram de 41,2% para 39,6% e as operações para aquisição de bens caíram de 31,6% para 31,3%. O único aumento verificado nas operações com pessoa jurídica foi na conta garantida, que passou de 69,8% para 70,2%.

O economista do BC lembrou, ainda, que houve reduções também no spread bancário (diferença entre a taxa que o banco paga na captação e a taxa cobrada na concessão de crédito) e nos índices de inadimplência. O "spread" cobrados das empresas caiu de 13,8% para 13,6%, e para pessoa física desceu de 46,8% para 46,3%. A taxa média de inadimplência em junho foi de 7,3%, com recuo de 0,4 ponto percentual em relação a maio: 12,2% no crédito pessoal e 3,4% nas operações com empresas.

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