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Empresários tentam solucionar impasse comercial

Daniel Lima/ABr - 14 de julho de 2004 - 10:40

Empresários brasileiros e argentinos se reúnem hoje, em Buenos Aires, Argentina, para tentar por fim ao impasse comercial entre os dois países. Amanhã (15), o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes, vai se encontrar com seu colega argentino Alberto Dumont, desta feita para os entendimentos em nível governamental. Fortes é o coordenador brasileiro do grupo de monitoramento do Mercosul.

Na semana que vem, o ministro Luiz Fernando Furlan deverá se encontrar com o ministro da Economia, Roberto Lavagna, também em Buenos Aires, para discutir desenvolvimento e política industrial, segundo informou a assessoria do ministro brasileiro.

Desde a semana passada o governo argentino impôs restrições à importação de eletrodomésticos brasileiros da linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar). Além disso, taxou em 21% os aparelhos de televisão produzidos na Zona Franca de Manaus e importados pelo país vizinho e ameaçaram limitar o tráfego de caminhões brasileiros em solo argentino com destino ao Chile, pela rodovia que tem a melhor condição de acesso.

A Argentina, que se recupera de uma profunda crise econômica, teme uma “enxurrada” de produtos brasileiros no país, com o aumento do poder de compra da população e, por isso, estabeleceu a licença não-automática para a entrada de mercadorias. Espera-se, porém, que tudo seja resolvido pelo diálogo, como ocorreu no setor de têxteis. No ano passado, idêntido problema foi registrado com o setor, quando empresários brasileiros por pouco não foram obrigados a pedir licença para exportar.

“Foi uma situação similar. Baixou-se uma resolução parecida e que não entrou em vigor imediatamente. À medida que foram feitas negociações excluíram-se os itens dos anexos que foram objeto do acordo e progressivamente tudo foi acordado”, comentou na semana passada Márcio Fortes.

Atualmente, a Argentina é o nosso segundo parceiro comercial. A corrente de comércio nos cinco primeiros meses do ano ficou em aproximadamente US$ 1 bilhão. O Brasil levou vantagem de US$ 196 milhões, exportando US$ 615 milhões e comprando dos argentinos US$ 419 milhões.

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