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Geral

Empresário defende fim da tolerância com sonegadores

Érica Santana/ABr - 21 de julho de 2005 - 09:30

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes, Alisio Mendes Vaz, defende o rompimento da tradição de tolerância com os sonegadores no Brasil. "A sensação de impunidade é total na área de tributos. As pessoas já têm o hábito de dizer que sonegador não vai para a cadeia. É fundamental que se rompa com essa tradição no Brasil de que sonegador tem todo tipo de tolerância. Nós somos uma sociedade com uma tradição excessivamente tolerante. O sonegador é o que mais se beneficia com isso", afirmou.

A sonegação de impostos, o desvio de dinheiro, o contrabando e as operações realizadas pela Polícia Federal e Receita Federal no país foram os principais temas debatidos na edição desta quarta-feira (20) no programa Diálogo Brasil. Para Vaz, que participou do programa nos estúdios da TVE Brasil no Rio de Janeiro, a sensação de impunidade é a principal responsável pela prática crimes fiscais.

"Tudo o que se faz e tudo o que nós estamos vendo acontecer neste país é fruto da sensação de impunidade. Da sensação de ausência do Estado, que dá a idéia de que eu posso fazer o que quiser porque tenho amigos influentes, eu posso sonegar, corromper, etc".

Ações como as realizadas pela Polícia Federal em parceria com outros órgãos são fundamentais para a mudança desse tipo de pensamento, segundo Vaz. "Nós precisamos de um choque de autoridade, de um choque para acabar com impunidade. A sociedade precisa disso e o cidadão também", disse. Para ele, é preocupante o fato de haver movimentos que critiquem operações que inibem a sonegação no país.

"Quando o Estado e as autoridades se estruturam e fazem uma operação e imediatamente é seguido de crítica, isso nos preocupa porque fica parecendo que tudo deve ficar quieto e ser feito de uma maneira mais discreta", explicou.

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