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Empresa de Name denunciou jogatina ao MPF e à PF

Nadyenka Castro/Campo Grande News - 13 de junho de 2007 - 08:35

A denúncia que desencadeou a Operação Xeque-Mate da PF (Polícia Federal) foi feita pela empresa Jana Promoções, de propriedade de Jamil Name, cujo filho Jamil Name Filho foi um dos 80 presos.

Reportagem publicada na edição desta quarta-feira do jornal Folha de São Paulo diz que Name, que havia sido titular de um contrato com o governo do Estado para explorar com exclusividade vídeo-loterias, reclamou em março de 2006 ao MPF (Ministério Público Federal) que o governo permitiu a entrada de máquinas de "empresários de outros Estados com o beneplácito de autoridades constituídas".

No dia 31 de março de 2006, a PF instaurou inquérito para apurar contrabando de componentes eletrônicos de caça-níqueis, "cuja autoria seria atribuída a Servo", identificado como distribuidor das máquinas. Quatro meses depois foram apreendidas 140 máquinas caça-níqueis na operação Artemis. No dia 4 de abril foram retiradas mais 465 de circulação.


Consta na reportagem que a Jana Promoções tinha contrato com a Lotesul (loteria de Mato Grosso do Sul) assinado em novembro de 1998 para operar por oito anos o negócio de caça-níqueis. Zeca do PT baixou um decreto em 2003 regulamentando o jogo.

O Estado cobrava R$ 57 referente a cada uma das 1.250 máquinas de Name. Com uma medida provisória de 2004 de Lula, proibindo jogos, Zeca revogou o decreto. Em agosto de 2004, a Assembléia de Legislativa aprovou lei permitindo a atividade. Zeca não sancionou a lei, apresentada por Jerson Domingos (PMDB), que acabou promulgada pelo então presidente da Assembléia, Londres Machado (PR).
Mesmo assim, o ex-governador, segundo o site do governo, não regulamentou a lei.

Sem autorização judicial para continuar operando e sem aval do Estado, Name alega que parou com a atividade no fim de 2004, mas assistiu à entrada de Servo no mercado. Oficiais da PM também começaram a operar, como apurou a PF. O ex-comandante e hoje deputado estadual José Ivan de Almeida teve interceptados diálogos com um dos presos pela Federal onde fala do rendimento com máquinas que seria de sua propriedade.

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