Em crise, o campo gerou 44% menos vagas de trabalho formal de janeiro a maio deste ano em Mato Grosso do Sul, conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Demitidos). São 4,2 mil vagas (diferença entre admitidos e demitidos) contra 7,4 mil de janeiro a maio de 2004.
No comparativo com o mês ápice em colheita, a queda é ainda mais acentuada. Foram geradas em maio 543 vagas na agropecuária em Mato Grosso do Sul contra 1.528 em maio do ano passado. O impacto no quadro geral de vagas no setor com o desempenho deste ano foi de apenas 7,95% quando nos cinco primeiros meses de 2004 o estoque aumentou em 14,66%.
Essa redução de oferta de empregos reflete a crise que o setor produtivo vem enfrentando. Além da estiagem, que causou quebra de 35% das lavouras de soja no Estado, além de prejudicar todas as outras culturas, a baixa da arroba bovina, desvalorização da soja e valorização do real frente ao dólar são outros fatores que contribuíram para a atual conjuntura.