O nível de emprego na indústria brasileira apresentou em junho baixa de 0,1% na série livre de efeitos sazonais, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No confronto com o mesmo mês do ano passado, o emprego também registrou retração de 0,1%.

No indicador acumulado no ano, a redução foi de 0,5% e, nos últimos 12 meses, de 0,3%.

De acordo com o IBGE, a queda do emprego ocorreu em sete dos 14 locais pesquisados e em 10 dos 18 setores na comparação com o ano passado.

O maior recuo ocorreu no Rio Grande do Sul (-8,5%) em razão do desempenho ruim da atividade de calçados e artigos de couro (-20,1%). A Região Nordeste e o Paraná apareceram logo depois, com baixas de 1,6% e de 2,2% respectivamente, devido ao segmento de vestuário.

No total do país, calçados e artigos de couro, máquinas e equipamentos e vestuário exerceram as principais pressões negativas.

Entre as indústrias que pressionaram positivamente o índice geral do país estão os segmentos de alimentos e bebidas, máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações e refino de petróleo e produção de álcool.


Entre as áreas pesquisadas, as Regiões Norte e Centro-Oeste (9,8%), São Paulo (1,1%) e Pernambuco (3,2%) lideraram os impactos positivos.


No segundo trimestre, o número de pessoas ocupadas caiu 0,4% frente ao mesmo período de 2005, porém foi 0,4% maior do que no primeiro trimestre deste ano.


No acumulado no primeiro semestre de 2006, o pessoal ocupado assalariado apresentou decréscimo (-0,5%).


O número de horas pagas na indústria subiu 0,2% em junho tanto na comparação com maio, como em relação a igual mês do ano passado.


A folha de pagamento apontou crescimento de 0,2% em junho na comparação com maio. Com esse resultado, o segundo positivo consecutivo, a folha de pagamento real acumula expansão de 0,7% desde abril.




Fonte: Folha Online