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Emagreceu, mas empacou? Saiba o que está acontecendo e seque o que falta

Bolsa de Mulher - 07 de agosto de 2015 - 18:00

No início de uma dieta, é comum que o emagrecimento seja bem rápido. Porém, depois de algum tempo, o ponteiro da balança “estaciona” e parece impossível continuar perdendo peso. O chamado “efeito platô” afeta muitos praticantes da dieta, que não sabem o que fazer para voltar a emagrecer. Para saber como sair do efeito platô, conversamos com uma nutricionista e com um personal trainer, que explicam tudo sobre o fenômeno e dão dicas de como driblá-lo.

O que é o efeito platô?

“O efeito platô é uma reação de adaptação do nosso organismo a algum tipo de dieta. Quando ocorre essa adaptação, o corpo estabiliza o processo de emagrecimento e, consequentemente, para de perder peso”, explica a nutricionista Tamara Rocha, do Espaço CM Nutrição. É uma forma de proteção do organismo: o metabolismo se acostuma com a nova condição que foi imposta e, para se preservar, passa a poupar calorias.

Causas

As principais causas do efeito platô são dietas muito restritivas em calorias e pobres em nutrientes. “Esse tipo de cardápio, em que ocorre uma grande perda de peso em pouco tempo, aumenta muito os riscos do efeito platô muito antes de a pessoa chegar ao objetivo final, porque a dieta desacelera o metabolismo do corpo”, resume. Além disso, dietas sem acompanhamento profissional e sedentarismo também impactam negativamente o metabolismo e podem contribuir para que o efeito platô aconteça. “Uma dieta deve ser programada individualmente e de forma personalizada para cada indivíduo, pois devemos respeitar as necessidades e individualidades bioquímicas”, esclarece Tamara.

Fenômeno do “set point”

Outra causa possível para o efeito platô é o fenômeno do set point, que a profissional define como um ponto de equilíbrio do peso do nosso corpo: quando há um desvio muito grande do peso habitual, o organismo recorre a mecanismos metabólicos para convergir ao peso antigo. “Seu corpo está acostumado com a forma física em que ele passou a maior parte da vida. Por exemplo: se você foi obeso por 30 anos e adquiriu um físico atlético em um ano, você ainda terá um metabolismo de obeso por um bom tempo, mesmo tendo a aparência de um atleta. Ou seja, qualquer descuido nesse período de manutenção acarretará em um rápido acúmulo de gordura corporal”, descreve a nutricionista.

Como sair do efeito platô

A dieta é mais importante do que os exercícios quando o assunto é como lutar contra o efeito platô. Por isso, Tamara dá algumas dicas que podem servir de orientação para quem estacionou no peso:

Variar os alimentos da dieta para tirar o corpo da “zona de conforto”;

Fracionar a alimentação para acelerar o metabolismo: ou seja, comer pequenas porções em menores intervalos durante o dia;

Aumentar a ingestão de água;

Aprender a controlar a ansiedade relacionada à comida: diferenciar fome de gula é um passo para saber como lidar melhor com a comida;

Incluir alimentos termogênicos na dieta: gengibre, canela, café, chá verde... São várias as opções desses alimentos que ajudam a turbinar o metabolismo e a velocidade de queima de calorias.
Efeito platô na academia: o que fazer?

E se tudo estiver sendo feito da maneira certa na dieta? Neste caso, é possível que a origem do efeito platô esteja em erros cometidos ao fazer exercício físico. O test trainer César Ribeiro, da ProAction Sports Acessórios Esportivos, aponta que treinos que não são mudados há muito tempo podem fazer com que a pessoa pare de perder peso, ou mesmo fique estacionada em relação ao seu objetivo – seja de saúde ou estético. É parecido com a dieta: o metabolismo se acostuma com aquele tipo de treino que está sendo proposto e o corpo fica “na mesma”.

“O treino sempre tem que ser alterado para ficar mais intenso. Com um personal trainer, o ideal é fazer um treino diferente todos os dias. Se a pessoa não tiver personal, é só pedir para o instrutor da academia alterar os exercícios a cada três semanas. Isso cria 'choques' no metabolismo, e o organismo entende que precisa queimar um pouco mais de gordura”, explica César.

O profissional de educação física tem um conselho valioso para quem quer combater o efeito platô na musculação: diminuir o tempo de descanso entre as séries, ou fazer descanso ativo (andando na esteira ou pedalando, por exemplo). “Coloque a meta de 30 segundos de descanso, seja ativo ou não. Diminuir o tempo de descanso entre as séries faz com que a frequência cardíaca da pessoa fique no nível de queima de gordura (de 50 a 60% do máximo). Esse batimento cardíaco eleva a temperatura basal do corpo, usando a gordura como fonte de energia e, por isso, é bom para secar”, finaliza.

E se nada funcionar?

Neste caso, o melhor é procurar por uma nutricionista para fazer uma avaliação mais profunda do caso. "Há testes que podem ser feitos para descobrir possíveis intolerâncias alimentares, decorrentes de processos imunológicos. Um dos sintomas é a dificuldade de perder peso", explica a nutricionista. Há também a chance de haver algum tipo de problema hormonal.

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