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Em MS, há 436 pessoas na fila de espera para transplante

Inara Silva / Campo Grande News - 27 de setembro de 2005 - 16:32

Em todo o Brasil esta é a Semana Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Até a próxima sexta-feira (30), o Ministério da Saúde está intensificando campanhas de incentivo a captação de doadores a fim de reduzir a fila de espera por órgãos, que tem 63 mil pessoas cadastradas em todo o país.

Em Mato Grosso do Sul, conforme a Central de Transplantes, 436 pessoas aguardam por doações de órgãos. Um número 149% maior que em outubro de 1999, quando foi implantada a Central de Transplantes no Estado. Há seis anos, a fila tinha 175 pessoas esperando por coração, córnea ou rim, sendo 151 para este último. Hoje, são 300 na fila de espera por um rim, 16 por coração e 120 na fila por uma córnea. Uma rotina bem conhecida pelo tratorista Luiz Alberto Córdoba, 45 anos. Atualmente desempregado, Córdoba mora em Campo Grande há 4 anos, desde que descobriu que sofria doença crônica nos rins. Foi a doença que o fez se mudar para a Capital com toda a família – a mulher e um casal de filhos, de 19 e 16 anos.

Enquanto espera um doador, Córdoba faz hemodiálise três vezes por semana na Santa Casa de Campo Grande. “É uma vida muito sofrida e com muitas dificuldades”, lamenta o paciente que disse não se sentir mais a vontade e não pode comer tudo o que quer. Luiz tem esperanças de conseguir a doação em breve para poder retomar sua vida: trabalhar e ajudar a família.

Ele disse que só descobriu a doença quando veio transferido de Porto Murtinho para a Capital em estado grave. Ele tinha inchaços no corpo e sentia muito cansaço. Foram os exames que apontaram a necessidade de um transplante, desde então, não voltou mais para sua cidade, que fica na fronteira com o Paraguai, já que somente Campo Grande fornece atendimento especializado.

Também morador do interior, na cidade de Dourados, no Sul do Estado, o comerciante Nelson Salazar, 52 anos, sofria de pressão alta e nem imaginava que poderia desenvolver doença nos rins. Transplantado há 3 anos, Salazar atribuiu a falta de cuidado com a saúde a origem a seu problema renal. “Nunca imaginei que a pressão alta pudesse comprometer os rins”, e faz um alerta as pessoas para que fiquem mais atentas com a saúde.

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