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Em MS, 18% dos solos são arenosos aponta Aprosoja/MS

Correio do Estado - 08 de maio de 2019 - 13:30

Mato Grosso do Sul tem 6,6 milhões de hectares com solo de característica arenosa. A informação foi divulgada pelo presidente da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja/MS), Juliano Schmaedecke, na abertura oficial do III Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos, realizada nesta terça-feira (7), na Universidade Estadual de MS (UEMS).

Schmaedecke destaca que pesquisas direcionadas para o tipo de solo e assistência técnica são os primeiros passos para produzir lavouras, nestas condições.

"O produtor tem que andar de mãos dadas com a pesquisa, sem esquecer da gestão, planejamento e boa estratégia. Esse conjunto de ações garantem mudanças significativas e bons resultados em produtividade para a soja”, afirma.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Mauricio Saito, ressaltou o trabalho realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Senar/MS), por intermédio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

“No Estado, 755 produtores são assistidos pelo programa ATeG e têm propriedades rurais com essa tipologia de solo. Em seis anos de atuação na extensão rural, possibilitamos o aumento da capacidade de suporte destas propriedades, que passaram de 0,87 UA/ha/ano para 2,24 UA/ha/ano. Esse é um dos exemplos de como é possível intensificar a agropecuária com sustentabilidade”, aponta.

SOBRE O SIMPÓSIO

Durante quatro dias, o evento realizado em Campo Grande debaterá a Intensificação Agropecuária Sustentável em solos arenosos, com pesquisadores, produtores, profissionais e acadêmicos. Robelio Leandro Marchao, diretor do Núcleo regional Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Ciência do solo, destacou que a entidade existe desde a década de 1940 em Presidente Prudente e está entre as mais antigas do país.

“O tema desse simpósio é uma de nossas prioridades e por isso é tão importante essa oportunidade de trocar experiências”.

Na abertura, José Carlos Polidoro, chefe-geral da Embrapa Solos, destacou que milhões de hectares de solos arenosos antes considerados inaptos, agora produzem de forma intensiva e com alta produtividade.

“Temos exemplos de que em novos sistemas de produção, avançamos nas fronteiras agrícolas. Mas as perdas chegam a 5 bilhões de dólares, insumos indo para onde não deveria, camadas de solos perdidas. A Intensificação sustentável tem o desafio de conter esse processo erosivo”.

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