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Em greve, INSS só mantém perícias agendadas em MS

Inara Silva e Thaísa Bueno / Campo Grande News - 03 de junho de 2005 - 08:56

David Majella
David Majella

Os funcionários da Previdência Social iniciaram greve geral a partir de hoje em Mato Grosso do Sul. O comando de greve estima que gradativamente a paralisação deverá atingir todas as 32 agências do Estado e por enquanto as perícias médicas agendadas continuarão a ser feitas normalmente. O diretor da Fenap (Federação dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social), Henrique Martine, disse que os exames estão agendados por um mês e não devem ser cancelados, mas novas consultas não serão marcadas durante a greve. Os demais serviços estão suspensos e alguns podem ser resolvidos por meio da internet na página da Previdência Social (www.previdencia.gov.br). As pessoas que procuraram as agências do INSS nesta sexta-feira foram orientadas a aguardar o desfecho da negociação entre os servidores e o governo federal.
Este é o caso de Maria Cândida dos Santos, de 67 anos. Desde novembro do ano passado, ela tenta se aposentar e não tem conseguido. Em entrevista à reportagem do Campo Grande News, ela contou que sempre faltam novos papéis que pedem para que providencie. Hoje, ela saiu de casa às 6h para entrevista marcada na agência Central, na Rua 26 de Agosto, na Capital, e não sabia da greve. “O dinheiro já está fazendo falta sem greve, agora não sei quando vou receber minha aposentadoria”, lamentou.
O presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Campo Grande, Valdir de Miranda Osório, informou que vai participar da assembléia geral dos servidores. Ele quer garantir que não somente as perícias agendadas sejam mantidas, mas que novos exames possam ser marcados para evitar transtornos aos segurados que precisam receber licença médica. “Casos de saúde não podem ser comprometidos”, concluiu.
Somente a agência Central da Previdência realiza 100 perícias por dia e os médicos não aderiram à paralisação porque fizeram uma greve no ano passado e ainda estão em processo de negociação. No local, os cinco médicos trabalham normalmente.
Os servidores federais pedem reposição salarial de 18%, o PCC (Plano de Cargos e Carreiras), a regulamentação das 30 horas de trabalho semanal, incorporação de gratificações e a realização de concurso público. Para o sindicalista Henrique Martine, a defasagem no quatro de atendimento do INSS é de 50% e 30% no setor administrativo. Ele disse que o reajuste de reajuste de 00,1% oferecido pelo governo federal, em alguns casos, representa 25 centavos de reajuste.
Das 32 agências do INSS no Estado quatro são em Campo Grande. Pelo menos 4 mil pessoas são atendidas diariamente pela Previdência Social em Mato Grosso do Sul, cerca de 1,4 mil na Capital.

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