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Geral

Em dia tenso, Bovespa cai 6,7%; dólar atinge R$ 2,31

24 de outubro de 2008 - 15:04

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acumula seu quarto dia de retração nesta sexta-feira, em meio ao temor generalizado que o mundo caminhe para uma recessão de nível global. Hoje, maus resultados de grandes empresas européias e americanas, bem como a queda do PIB no Reino Unido, azedaram o humor dos investidores, num ambiente já tenso de negócios.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bovespa, recua 6,71% e atinge os 31.549 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,4 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 3,71%.

As ações da Vale, que divulgou um lucro acima do esperado ontem à noite, servem de "âncora" para as perdas de hoje na Bolsa, que já derreteu para os 30 mil pontos no pior momento do dia. Com perdas de somente 2,57% e volume de R$ 426 milhões, o desempenho da ação preferencial contrasta com a trajetória de outro papel líder da Bolsa, a ação preferencial da Petrobras, em baixa de 10%.

O dólar comercial é negociado a R$ 2,311 na venda, em alta de 0,26% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 652 pontos, número 0,76% abaixo da pontuação anterior.

Origem das principais notícias do dia, na Europa as principais Bolsas de Valores desabaram no encerramento dos negócios. Em Londres, o índice FTSE perdeu 5%; o índice Cac, do mercado francês, cedeu 3,53%, enquanto o Dax, da Bolsa alemã, caiu 4,95%.

Além de leilão de venda de dólares, e outro de "swap" cambial pela manhã, o Banco Central realizou mais leilão de "swap" à tarde, quando colocou US$ 752 milhões desses contratos no mercado financeiro. Esse tipo de contrato oferece proteção aos investidores contra a alta da moeda e, portanto, tende a diminuir as pressões sobre a cotação.

Recessão

A perspectiva de uma recessão global assombra os mercados há meses. Hoje, investidores e analistas tiveram essa percepção reforçada pela notícia de que o Reino Unido registrou no terceiro trimestre uma queda de 0,5%, primeira queda em 16 anos. O próprio primeiro-ministro Gordon Brown, já havia alertado nesta semana sobre a possibilidade de uma recessão no Reino Unido.

Ontem, o ex-presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA), Alan Greenspan, alertou que os Estados Unidos estão no meio de "um tsunami creditício", e que a turbulência financeira o deixou "em um estado de estupor".

Empresas

A temporada de divulgação dos balanços trimestrais é, hoje, uma das principais fontes de estresse no mercado. A cada número divulgado, os investidores e analistas vêem reforçado ou amenizado seu pessimismo quanto ao ritmo de desaceleração econômica mundial.

Ontem, a americana Xerox revelou lucro líquido de US$ 229 milhões no acumulado de nove meses do ano, resultado 70% abaixo do registrado em idêntico período de 2007.

No front doméstico, a Vale do Rio Doce surpreendeu e anunciou lucro de R$ 12,433 bilhões no terceiro trimestre de 2008, um incremento de 167% sobre o resultado para o mesmo período no ano passado. Além dos ganhos operacionais, a desvalorização do real ante o dólar também colaborou para o resultado positivo. Segundo a mineradora, esse efeito contribuiu para elevar o ganho no trimestre em R$ 2,849 bilhões.

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