Em um depoimento que durou 2 horas, na noite de ontem, o procurador Carlos Alberto Zeolla contou detalhes de como matou o sobrinho, Cláudio Zeolla, de 23 anos, se emocionou ao falar do pai e se mostrou arrependido. Uma briga entre Cláudio e o avô é apontada como a motivação do crime.

Falando em nome do MPE (Ministério Público Estadual), o procurador de Justiça Silvio Cézar Maluf afirmou que não haverá corporativismo na entidade. “Estamos trabalhando com transparência em relação ao crime”, disse.

Segundo ele, Carlos Alberto Zeolla responderá por homicídio qualificado, com pena mínima de 12 anos. O próprio MP encaminhará a denúncia.

A comissão processante irá encaminhar um parecer sobre o caso ao Tribunal de Justiça em cinco dias. Antes disso, ela irá analisar a necessidade de tomar o depoimento de alguma outra pessoa.

O advogado Ricardo Trad, que defende o procurador, afirmou que o depoimento foi muito cansativo, mas ocorreu de forma tranqüila. A defesa de Carlos Alberto Zeolla irá alegar insanidade mental. O procurador está preso no Garras.

Cláudio foi baleado na última terça-feira (3), na rua Bahia, quase esquina com a Pernambuco, no bairro Jardim dos Estados, quando ia para uma academia de ginástica. Ele foi socorrido, mas acabou morrendo na Santa Casa de Campo Grande.