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Em Davos, Lula pede ajuda para combate à pobreza

Agência Brasil/Mylena Fiori - 26 de janeiro de 2007 - 07:16

Depois de se reunir hoje (25) com executivos de grandes companhias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem amanhã uma agenda mais intensa no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). Um dos compromissos é um encontro para discutir novas estratégias para erradicação da fome, conduzido por Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum.

Quando chegou a Davos, o presidente comentou sua expectativa para a terceira participação no evento. “Vim aqui em 2003 mostrar que seria possível construir uma política consistente para acabar com a miséria no Brasil. Hoje, venho para mostrar que é possível cumprir as metas do milênio se houver um mínimo de compreensão dos países ricos. Não para ficar dando dinheiro para os países pobres, mas para investir em projetos que signifiquem desenvolvimento”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu parâmetros para eliminação da pobreza até 2015, as chamadas Metas do Milênio. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) divulgou relatório que prevê prazo 267 anos maior, caso as políticas econômicas e sociais da maioria dos países não sofram profundas modificações.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que também está no Fórum Econômico, afirmou que Lula foi um dos principais responsáveis pela entrada de assuntos como combate à fome e outros temas sociais na pauta do evento. O mesmo, segundo ele, ocorreu com os biocombustíveis, vistos em Davos como solução de curto prazo para a redução da emissão de gases causadores de efeito estufa.

“Quem trouxe as discussões do Fórum Social para Davos foi o presidente Lula, que fez o mesmo discurso nos dois eventos em 2003. Ele fez a ponte entre o social e o econômico”, disse Furlan. Na ocasião, Lula tinha acabado de ser eleito presidente do Brasil.

Questionado sobre a ausência de Lula no Fórum Social Mundial deste ano, em Nairóbi (Quênia), o ministro respondeu: “Ele não precisa ir para ser o porta-voz das questões sociais. As ações de governo comprovam o compromisso dele com o social”.

Furlan participou dos encontros de hoje com executivos das empresas Merck, Google e Citigroup e disse que todos manifestaram interesse em investir mais no Brasil.

Lula também participa amanhã de uma plenária sobre a América Latina, com Felipe Calderón (presidente do México), José Miguel Insulza (secretário-geral da OEA) e Alain Belda (presidente da empresa Alcoa). Lula é o único presidente sul-americano que veio a Davos.

A agenda prevê também reuniões com o presidente mexicano e com o premiê britânico Tony Blair e um encontro com líderes mundiais para tratar da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). Participam Tony Blair, o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, ministros e empresários estrangeiros.

A partida do presidente está prevista para 16h15 (horário de Brasília), com chegada prevista a São Paulo para as 5 horas de sábado.

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