Em crise, o setor agropecuário, que historicamente vem respondendo pela maior parcela de empregos gerados em Mato Grosso do Sul, recuou drasticamente este ano no mercado formal, segundo dados do MTB (Ministério do Trabalho). No primeiro bimestre deste ano, o setor contratou formalmente 6.397 trabalhadores, uma redução de 16% em relação aos 7.608 do mesmo período em 2003.
O pior é que no mesmo período as demissões cresceram 22% no setor, de 3.245 para 3.971. A tendência, segundo apontam os números, é de baixa apesar da aproximação do período de colheita, quando historicamente os contratos aumentam. Em fevereiro o setor agropecuário contratou 2546 pessoas, redução superior a 33% em relação aos 3.851 contratos feitos em janeiro. A redução coincide com o período de confirmação da quebra das lavouras de soja, por conta da estiagem. O governo estadual reconhece a perda de algo em torno de um milhão das cinco milhões de toneladas de grãos previstas para serem colhidas. Além disso, a arroba bovina está aquém do preço esperado e com o represamento das exportações, devido a greve de embarcadores em Paranaguá (PR), pode ocorrer queda ainda maior ou mesmo lobby nesse sentido.