O ingresso de recursos no mercado brasileiro foi mais uma vez fator determinante para que a cotação do dólar encerrasse em queda perante o real. No fim dos negócios desta sexta-feira (19 de janeiro), a divisa norte-americana foi vendida a R$ 2,13, desvalorização de 0,23% no dia. De acordo com a agência Reuters, na semana o dólar acumulou baixa de 0,56%.

O dia foi de poucas variações para a moeda, sem procura excessiva por parte de compradores que contaminasse a variação cambial. Parte da calmaria se deve à divulgação de dados considerados relevantes – como a inflação norte-americana – durante o pregão de quinta-feira (18). A cotação de commodities, principalmente o petróleo, apresentou recuperação após perdas sucessivas.

Apesar da sexta-feira tranqüila, os mercados podem começar a próxima semana em ritmo acelerado. No decorrer o dia, os investidores acompanharam minuciosamente as novidades que surgiam na Cúpula do Mercosul (realizada no Rio de Janeiro/RJ), que avalia o ingresso da Bolívia no bloco econômico e a equialização das relações econômicas, fiscais e sociais entre os países-membros. Os impactos das decisões podem surgir a partir de segunda-feira (22).

Além disso, a semana irá começar com o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, aguardado por investidores por conter medidas que podem influenciar as relações com o capital externo – ingresso de recursos no mercado financeiro, importações e exportações e incentivos à economia nacional. Os corretores ouvidos pela Reuters mostraram-se divididos sobre como as medidas (predominantemente de caráter fiscal) devem impactar no câmbio.

Na próxima quarta-feira (24) também deve ser anunciada a nova taxa básica de juro a ser adotada pelo Banco Central, definida após reunião do Comitê de Política Monetária. A Selic está, hoje, em 13,25%. O mercado aposta em uma redução de 0,25%, inferior aos cortes mais recentes do Copom (de 0,5%).