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Em Campo Grande, eleitores esperam mais saúde, educação e infraestrutura

Agência Brasil - 25 de outubro de 2014 - 15:30

O calorão que prometia tornar a eleição de Campo Grande ainda mais quente resolveu dar uma trégua. Os mais de 40°C registrados na última semana ficaram só na lembrança e foi com céu nublado que a capital de Mato Grosso do Sul passou todo o dia às vésperas deste segundo turno. Para vários frequentadores do Mercado Municipal da cidade, os 23°C, registrados na hora do almoço, vão servir para “esfriar a cabeça” dos correligionários dos dois candidatos que pleiteiam o Executivo estadual.

A poucas quadras dali, também por volta de meio-dia, os dois candidatos que disputam o segundo turno no estado fizeram o último contato com o eleitorado da capital. Bandeiras azuis e vermelhas tomaram a praça Ary Coelho, no centro de Campo Grande. Todos gritavam palavras de ordem e de apoio aos seus escolhidos Foram muitos abraços, beijos, santinhos e adesivos distribuídos. O sinal da vitória também foi uma constante dos dois lados. Neste segundo turno, Delcídio Amaral, do PT, e Reinaldo Azambuja, do PSDB, repetem no estado o duelo partidário para a Presidência da República.

Independentemente do resultado no domingo, uma coisa é certa: ainda há muito o que se melhorar no estado. Essa é a opinião do técnico de edificações, Osemir Figueiredo do Reis. Para ele, além de melhorias nas áreas de saúde, segurança e educação, é preciso que o novo governador invista em infraestrutura, principalmente na área de transporte urbano e interestadual. “Muitas estradas precisam ser feitas para que o estado possa desenvolver e escoar as riquezas da região. Se não fossem as BRs como a gente plantaria aqui?”, questiona o técnico destacando que o estado é muito dependente das rodovias que nem sempre estão em boas condições.

Já a advogada Thaysa Fernandes de Sousa Menezes espera que haja menos corrupção no estado. “Que haja menos escândalos e que o dinheiro seja aplicado para o bem do povo. Com a corrupção é a própria democracia que fica maculada”, afirma a jovem de 24 anos que espera que, no âmbito federal, também se diminuam as irregularidades.

Doutora em antropologia Yara Penteado, 82 anos, espera uma mudança profunda nas formas de governar o Mato Grosso do Sul e o país. “Nós não podemos mais continuar como está, o erro está institucionalizado. Se o partido que já está no poder ganhar que ele mude sua forma de governar para melhorar, se for o outro que ele veja que o que está aí está errado e governe melhor”, destaca, afirmando que já viu muitas promessas não cumpridas em todos esses anos.

Uma coisa parece ser unânime, todos esperam que o país, como um todo, melhore. O comerciante Nelson Bento de Sousa Martins, 52 anos, avalia que o estado e o país progrediram. Mas a esperança dele é que, independentemente da sigla vencedora, o candidato eleito possa mostrar trabalho, já que as poucas propostas foram discutidas no período eleitoral.

“Eu achei muito feia [a campanha eleitoral]. Eles ficaram só lavando roupa suja, esqueceram de mostrar para o povo as propostas”, conta o comerciante. Mesmo descontente com o que viu no horário eleitoral, Nelson diz que já escolheu seus candidatos e que espera que o seu voto contribua para dias melhores.

Com 582.146 eleitores, Campo Grande representa 32% do eleitorado de Mato Grosso, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral. Na capital, 53,48% dos eleitores são mulheres, 28,22% têm o ensino fundamental incompleto e 23,77% têm entre 25 e 34 anos.

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