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Em 20 anos, sem religião cresceram 623% no Estado

Fabiana Silvestre / Campo Grande News - 17 de abril de 2005 - 08:02

Em que crêem aqueles que não crêem nas religiões? Que não duvidam da existência de Deus, mas também não acreditam muito Nele? Em Mato Grosso do Sul, o grupo dos que se autodenominam sem religião cresceu simplesmente 623% em 20 anos. Eles passaram de 22 mil em 1980 para 165 mil em 2000, segundo estatísticas do IBGE.

Entre os depoimentos, as mais diversas razões para adotar a postura do São Tomé moderno. Nilcio Marques Santos, de 34 anos, aponta o charlatanismo, o “exagero das rezas” e a falta de tempo como os principais fatores. Ele não hesita em dizer que não tem religião. “Acho que tem muita gente mal intencionada nas igrejas, que ficam te forçando a fazer as coisas. Eu não gosto disso. Pra mim o que importante é ser uma boa pessoa”, diz.

Esses fatores, aliados à falta tempo, afastaram Santos das igrejas e templos, mesmo tendo ele sido criado em berço católico. “Lembro bem que minha mãe rezava o terço todo dia. Mas até hoje não vejo muito sentido nisso. Eu respeito, assim como respeito o evangélico, mas não quero isso pra mim”, afirma.

Nem mesmo o convite do filho Nilson, de 12 anos, para ir ao culto, convence Santos. “Acho bom meu filho ir, mas eu não quero ir não. Não sinto vontade nem nunca tive necessidade”, explica ele, que revela ora acreditar em Deus, ora duvidar. “Pra mim Deus até pode existir, mas eu confesso que não lembro sempre Dele não. Só nas horas muito difíceis”, admite.

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