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Em 1963, Santos ratifica a condição de melhor time

CBF News - 08 de julho de 2005 - 07:55

Em 1963, o Santos era o melhor time do mundo. Começou o ano com a credencial de ter sido no ano anterior campeão paulista, campeão da Libertadores da América e campeão do mundo interclubes, quando superou o Benfica, de Portugal.

No Brasil, o Botafogo bicampeão carioca de 61-62 era o grande rival do Santos, pela quantidade de craques que também possuía - os duelos entre os dois times levavam multidões de torcedores apaixonados pelo bom futebol ao Maracanã e Pacaembu. Em 1963, Santos e Botafogo disputaram a Taça Libertadores da América.

Mas o Botafogo que chegou às semifinais - o regulamento não permitia que dois clubes do mesmo país se enfrentassem na final - para jogar contra o Santos na primeira partida, no Pacaembu, estava desfalcado. Não entrarem em campo Garrincha, contundido, e Amarildo, que acabara de ser negociado para o Milan, da Itália.

O Santos, que entrou diretamente nas semifinais por ter sido o campeão da Libertadores de 1962, estava quase completo. O jogo foi muito disputado e terminou empatado em 1 a 1. Jair Bala, o substituto de Amarildo, abriu o placar para o Botafogo. No último minuto da partida, Pelé empatou, e a expectativa passou a ser o segundo jogo, no Maracanã, marcado para o dia 28 de agosto.

Ficha do primeiro jogo das semifinais

22/08/1963 - Santos 1 x 1 Botafogo

Local: Estádio Municipal do Paceambu - São Paulo (SP)

Juiz: Eunápio de Queiroz (Brasil).

Santos: Gilmar; Geraldino, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Tite (Toninho).

Botafogo: Manga; Joel, Zé Carlos, Nílton Santos e Rildo; Aírton e Élton; Amoroso, Quarentinha, Jair Bala e Zagallo.

Gols: Jair Bala aos 68, Pelé aos 90.


No Maracanã, Santos goleia por 4 a 0 e se classifica para a final

No dia 28 de agosto, o Maracanã estava lotado para o grande jogo, que poderia apontar o finalista da Taça Libertadores da América. O Botafogo tinha na volta de Garincha o trunfo que seus torcedores contavam para desbancar o Santos de Pelé.

Só que, além de Garrincha estar fora de forma, o Santos contou com Pelé em noite inspirada. Com atuação de gala, Pelé marcou três gols, todos bonitos, ainda no primeiro tempo. O outro foi de Lima, na goleada de 4 a 0 com que o Santos se classificou para a final da Libertadores da América. O adversário seria o temido Boca Juniors.


Ficha do segundo jogo da semifinal contra o Botafogo

28/08/1963 - Botafogo 0 x 4 Santos

Local: Maracanã - Rio de Janeiro (RJ)

Juiz: Eunápio de Queirós (Brasil).

Botafogo: Manga; Joel, Zé Carlos, Nílton Santos e Rildo; Aírton e Élton; Garrincha, Amoroso, Quarentinha e Zagallo (Jair Bala).

Santos: Gilmar; Geraldino, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Lima; Dorval, Coutinho (Almir), Pelé e Pepe.

Gols: Santos - Pelé aos 11, Pelé aos 15, Pelé aos 33, Lima aos 81.


Santos vence duas vezes o Boca Juniors e é bi da Libertadores

A primeira partida foi no Maracanã, no dia 4 de setembro. Aos 18 minutos, o Santos saiu na frente, com Coutinho aproveitando cruzamento de Dorval. Dos minutos depois, Zito passa para Coutinho, que de virada faz 2 a 0.

O Boca Juniors ameaçou uma reação, mas logo Pelé apareceu para desequilibrar: em jogada que driblou três zagueiros, deixou Lima em condições de concluir com um chute forte - 3 a 0 para o Santos, ainda no primeiro tempo.

San Fillippo descontou no último minuto do primeiro tempo, voltou a marcar na segunda fase, mas a vitória foi mesmo santista no primeiro jogo da decisão por 3 a 1. Uma semana depois estava marcada a revanche no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires.

No dia 11 de setembro, o Santos entrou na Bombonera lotada podendo ser bicampeão da Libertadores - o Boca Juniors precisava vencer para forçar a terceira partida. Jogando em casa, apoiado pela sua fanática torcida, depois de um primeiro tempo que terminou 0 a 0, o Boca Juniros chegou ao primeiro gol com um minuto da segunda fase: o ponta Grillo cruzou, Gilmar tentou afastar, mas Sanfillippo marcou de cabeça - a torcida foi ao delírio na Bombonera.

Parecia que o Boca Juniors conseguiria o terceiro jogo. Aí entrou em ação a dupla Pelé e Coutinho para fazer novamente a diferença. No gol de empate, Pelé entrou driblando pela área e passou para Coutinho, livre, fazer 1 a 1.

Aos 26 minutos, foi a vez de Coutinho tocar para Pelé. O craque driblou o brasileiro Orlando e o seu companheiro de zaga, Magdalena, antes de chutar forte e sem defesa para fazer 2 a 1.

o Santos passou a tocar a bola, envolvendo completamente os argentinos, e saiu de Buenos Aires com o bicampeonato da Taça Libertadores da América. Em novembro do mesmo ano, em uma melhor-de-três memorável com o Milan, seria também bicampeão do mundo.


Ficha dos dois jogos da final contra o Boca Juniors


04/09/1963 - Santos 3 x 2 Boca Juniors

Local: Maracanã - Rio de Janeiro (RJ)

Juiz: Marcel Albert Bois (França).

Santos: Gilmar; Geraldino, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

Boca Juniors: Errea; Magdalena, Marzolini, Simeone e Silveira; Rattín e Grillo; Rojas, Menéndez, Sanfilippo e Gonzalez.

Gols: Coutinho aos 18, Coutinho aos 21, Lima aos 28, Sanfilippo aos 45, Sanfilippo aos 89.


11/09/1963 - Boca Juniors 1 x 2 Santos

Local: Estádio La Bombonera - Buenos Aires (Argentina)

Juiz: Marcel Albert Bois (França).

Boca Juniors: Errea; Magdalena, Marzolini, Simeone e Silveira; Rattín e Grillo; Rojas, Menéndez, Sanfilippo e Gonzalez.

Santos: Gilmar; Geraldino, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.

Gols: Sanfilippo aos 46, Coutinho aos 50, Pelé aos 71.



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