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Eleições – mais dúvidas do que certezas

Manoel Afonso - 30 de setembro de 2016 - 19:18

Eleições – mais dúvidas do que certezas

NITROGLICERINA Em tese, as campanhas eleitorais não deveriam se transformar em inquisição; mas, quando as questões discutidas envolvem dignidade de candidatos, acendem as fogueiras. É assim aqui, nas cidades do interior, na Europa ou nos ‘States’.

‘SEM GRAÇA’ A campanha lembrou a chuva de verão. Rápida. Nem música para marcar o candidato! Longe de exigir uma canção do porte de ‘Homem de Miranda’ do Renato Teixeira , mas uma polca ou chamamé teria caído bem. No 2º turno? Talvez.

FRUSTRAÇÃO É o sentimento dominante na maioria dos telespectadores devido ao contexto político. Difícil saber até onde o debate influenciará. O curioso no debate: não se falou sobre o reajuste do IPTU 2017. ‘Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’.

ENFIM... O eleitor de Campo Grande está resignado com esse estoque de candidatos. As comparações com postulantes de pleitos anteriores são cruéis. Pelo menos fica a certeza: o próximo prefeito ficará só 4 anos. E será que a sociedade aprenderá a lição?

PROJEÇÕES Indicariam eleições no 2º turno com maiores chances para Marcos Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB). Escaldado pelo pleito de 2012, o cenário recomenda cautela, inclusive quanto às chances dos postulantes. Primeiro, veremos o que o 1º turno nos revelará.

DE CAMAROTE Prefeito de Naviraí entre 1989/92, o deputado estadual Onevan de Matos (PSDB) não apoia nenhum dos candidatos à prefeito da cidade. E justifica: “ jamais tive apoio político dos prefeitos da minha cidade. Só apoiarei os postulantes à vereança.”

COXIM: Leite Schimdt, Moacir Khol e Junior Mochi são as referências. Para o deputado estadual Jr. Mochi, o prefeito Aluízio São José, pela formação e postura, comandará em breve essa a liderança através de uma cadeira na Assembleia Legislativa. É esperar.

‘IMAGEM’ Não se pode reclamar da aparência dos candidatos em suas propagandas. A tecnologia usada nas fotos varre as rugas, esconde as cicatrizes, embranquece os dentes e suaviza as expressões. Detalhes que talvez influenciem na luta pelo voto.

REFLEXÃO Às vezes o eleitor nem se manifesta, mas percebe-se um sentimento crítico quanto ao número de candidatos à prefeito da capital e o despreparo da maioria deles para o exercício do cargo. O entusiasmo natural de antes deu lugar ao ceticismo.

PROPOSTAS São genéricas, sem amparo em aspectos técnicos que possam passar credibilidade e segurança ao eleitor. Isso tem ficado evidente nas entrevistas e debates. É a teoria também pertinente aqui: não se pode confundir quantidade com qualidade.

ADMINISTRAR uma cidade exige mais que boas intenções. É preciso ter equipe e plano de governo. Um exemplo é o prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP); não preencheu todos os cargos de comando. Ora! O improviso é inadmissível na administração pública.

QUESTÕES Os candidatos sabem da real situação financeira de suas cidades? Quanto se gasta com o funcionalismo e qual percentual já comprometido? A máquina pública é diferente da iniciativa particular; é atrelada as normas e carimbos da velha burocracia.

A PROPÓSITO Não houve esse tipo de abordagem em todos os debates de candidatos a prefeito mostrados na mídia. Até parece um assunto desinteressante do ponto de vista eleitoral, ou quem sabe proibido - por ser complexo e exigir intimidade com a matéria.

PARÂMETROS Será que o eleitor pensa na sua cidade como um todo? Afinal, é nela que vive e sonha. Não deve se postar como um mero morador alienado ou transitório. Afinal, somos a cara da nossa cidade, nosso bairro, nossa rua e nossa casa inclusive.

O OLHAR do eleitor tem o caráter meramente paroquial. As questões nacionais são irrelevantes, mas podem servir de referência positiva como a ‘Lava Jato’ no combate a corrupção. Mas no fundo mesmo, o eleitor está visando o seu bem estar. E nada mais.

EXCEÇÕES Ficariam por conta dos candidatos do PT ou abençoados pelo por ele. Segundo o IBOPE, de 26 capitais pesquisadas, apenas em Rio Branco (AC) o PT estaria liderando. Redutos petistas tradicionais pagando o preço pelos escândalos na mídia.

AS NOTÍCIAS mostraram. O ex- presidente Lula percorreu o Norte e Nordeste para prestigiar seus candidatos e o cenário não melhorou. A ex-presidente Dilma declarou apoio público para alguns candidatos e eles pioraram nas pesquisas. E agora?

O BOLSO pode estar pesando na decisão do eleitor. Se a situação não é como antes, as perspectivas para 2017 não são muito animadoras. Quem está desempregado ou devendo, não está feliz. E aí pode demonstrar isso nas urnas, ou até se abster de votar.

LEMBRETE aos prefeitos que entregarão o cargo em breve. A responsabilidade por eventuais irregularidades não cessa com o fim do mandato. O Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Contas da União não toleram a política da ‘terra arrasada’.

“Mamãe, eu quero, mamãe eu quero mamar. Mamãe, eu quero mamar...”. (Carmem Miranda)

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