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Educação em Direitos Humanos começa na escola

Agência Notisa - 28 de junho de 2005 - 09:38

Segundo a coordenadora do Conselho Nacional de Educação em Direitos Humanos, ninguém nasce violento, mas pode tornar-se a partir das relações sociais que possui.

A participação da escola na formação de cidadãos é vista hoje como uma das formas de diminuir a violência dentro e fora do âmbito escolar. A realidade brasileira, permeada por desigualdades, dificulta a ação de profissionais que buscam dar início a um movimento que prioriza a valorização do ser humano.
Dentro deste contexto – e cumprindo exigências das Organizações das Nações Unidas (ONU) – o Governo Federal criou, em 2003, o Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. De acordo com a professora Aida Monteiro, coordenadora do Conselho Nacional de Educação em Direitos Humanos, durante a 3ª Jornada Escola e Violência da Febf/UERJ (que vai até quinta-feira), um dos principais objetivos da criação do Comitê é a elaboração do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, que se propõe a contribuir para a construção de uma cultura voltada aos direitos fundamentais dos indivíduos, envolvendo segmentos sociais diversos, órgãos públicos e privados, além de diferentes esferas de governo.

Costuma-se dizer que educação começa na escola. Aida afirma que os educadores têm "papel importantíssimo" na formação da personalidade dos estudantes. Muitos alunos só se alimentam quando vão à escola, outros convivem com situação de extrema miséria e violência em casa e na comunidade em que vivem. "Ninguém nasce violento. Nós aprendemos a ser violentos a partir de nossas relações sociais. Portanto, educar visando ao respeito com o outro e justiça social é uma das responsabilidades da escola", afirmou a professora.

A manutenção dos direitos humanos é uma das principais formas de construção e preservação da democracia. No entanto, na América Latina, as desigualdades –sob todas as suas formas – ainda não permitem grandes avanços nesse sentido.
Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entre as 19.000 pessoas pesquisadas em 18 países, mais de 54% afirmaram que aceitariam um regime totalitário, se ele fosse capaz de resolver os problemas econômicos do seu país. Aproximadamente 56% dos entrevistados disseram que o desenvolvimento econômico é mais importante do que a democracia. "Precisamos mudar esta estatística. Este ainda é o melhor regime para garantir o respeito aos direitos fundamentais do ser humano", disse Aida.



Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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