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Educação aprova inclusão de novos temas em currículo

Agência Câmara - 31 de maio de 2005 - 07:48

A Comissão de Educação e Cultura aprovou, no último dia 25, substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 5246/01, do deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ), que insere nos currículos do ensino fundamental e médio um conjunto de temas considerados de "relevância transversal" para a formação de cidadãos. A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Os temas transversais devem ser abordados em todas as disciplinas, de uma forma geral, sem serem específicos de uma matéria.
O projeto original de Carlos Rodrigues previa a inclusão do tema da violência contra a mulher. O substitutivo do Senado acrescenta os seguintes temas:
- educação ambiental;
- educação para o trânsito;
- defesa do consumidor;
- sexualidade humana;
- questões da violência contra a mulher;
- direitos das crianças, adolescentes e idosos;
- saúde e prevenção ao uso de drogas;
- educação tributária;
- ética e política;
- proteção aos deficientes.

Demandas legítimas
O projeto original havia sido aprovado pela Câmara em março de 2004. O Senado aprovou o substitutivo no fim do ano passado, com emenda da senadora Fátima Cleide (PT-RO). O objetivo era acolher em uma mesma norma legal um conjunto de temas recorrentes em proposições legislativas.
A relatora do substitutivo na Comissão de Educação e Cultura, deputada Iara Bernardi (PT-SP), observou que a proposta atende a demandas legítimas de entidades representativas e movimentos sociais, veiculadas por parlamentares por meio de proposições legislativas que tramitam no Congresso. "No tocante à violência contra a mulher, trata-se de incentivar a promoção de ações educacionais no principal local de formação de nossos cidadãos para combater este que é um dos principais indicadores da discriminação de gênero e grave problema de saúde pública no Brasil", diz ela.

Superação da indiferença
Iara Bernardi explicou que a finalidade dos chamados temas transversais reside na expectativa de que os alunos possam desenvolver a capacidade de se posicionar diante de questões que interferem na vida coletiva, superar a indiferença e intervir de forma responsável. Ela cita a ressalva feita pela senadora Fátima Cleide, de que esses temas não devem constituir uma disciplina específica no quadro curricular. A medida poderia levar a uma fragmentação indesejável do currículo.
A deputada lembra que cada sistema de ensino e estabelecimento escolar deverá trabalhar com os assuntos conforme as demandas e disponibilidade de grade horária. Também deverão ser levados em consideração as particularidades locais e regionais que possam suscitar tratamento especial a determinados tópicos.

Tramitação
O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que poderá aprová-lo em caráter conclusivo.



Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Noéli Nobre

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