São Paulo - A inflação na capital paulista no mês de dezembro deverá ser de 0,60%, um pouco maior que a de novembro (0,56%). A previsão é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidos (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Paulo Picchetti. Se essa previsão se confirmar, o ano fecha com inflação de 6,5%. Para o economista, os reajustes da gasolina, cigarros e telefonia devem puxar o índice.

Os cigarros foram um dos responsáveis pela inflação do mês de novembro. No começo de outubro, a Souza Cruz reajustou o preço de seus cigarros e no início de dezembro, também a Philip Morris anunciou um reajuste de 7%. Só esse último reajuste deverá contribuir com 0,06 ponto percentual para o índice de inflação, segundo o coordenador da pesquisa.

A telefonia, um dos grandes responsáveis pelos altos índices de inflação no meio deste ano, terá agora em dezembro um segundo reajuste e também deverá pressionar o índice. Também na área de tarifas públicas, o fim do seguro apagão fez as contas de eletricidade baixarem, o que deverá ajudar a desacelerar a inflação até janeiro.

Em dezembro, assim como na pesquisa divulgada hoje, a gasolina deve continuar a ser o item que mais puxa a inflação para o alto. "Os reajustes que mostramos nessa pesquisa (de novembro) são relativos a outubro, não contemplam inteiramente o último reajuste nas refinarias anunciado pelo governo", explica Picchetti.

Como o reajuste das refinarias da Petrobrás foi anunciado na última quinta-feira (25), a pesquisa de novembro ainda não foi muito afetada pelo reajuste. Picchetti prevê que a gasolina contribua sozinha com 0,14 ponto percentual no índice de dezembro.