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Economia em 2005 cresceu apenas 2,40%, diz pesquisa

Stênio Ribeiro/ABr - 02 de janeiro de 2006 - 10:02

A soma das riquezas produzidas no país ao longo de 2005 teve crescimento de 2,40%, como revela o boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central. O chamado Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi o menor da América Latina, reduzido à metade dos 4,90% de 2004 e abaixo da previsão de 3,50% feita no início de 2005.

Isso decorre, em parte da queda de 4,50% para 3,15% nas expectativas de crescimento da produção industrial do ano passado, somado ao fraco desempenho do agronegócio e do comércio em geral. Mas não altera a perspectiva de relação entre dívida líquida do setor público e PIB, mantida em 51,60% há dez semanas.

A pesquisa do BC, realizada com uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras na última sexta-feira, aposta em um PIB de 3,50% no ano que se inicia, como resultado da recuperação da produção industrial, que deve crescer 4,05% e contribuir para redução da relação dívida/PIB para 50,70%.

Tomando por base a pesquisa de 30 de dezembro de 2004, em relação ao atual boletim Focus, houve frustração generalizada das previsões de então. A começar pela taxa básica de juros (Selic), que todos imaginavam terminar 2005 em 16% ao ano, e acabou em 18%, com possibilidade de descer a 15% só no final de 2006.

As projeções indicavam cotação do dólar norte-americano em R$ 2,95 no final de 2005, mas a realidade de mercado derrubou a cotação para o patamar de R$ 2,20 e só com intervenção do próprio BC, comprando divisas no mercado, o dólar recuperou para R$ 2,33 no encerramento do exercício financeiro, e hoje a previsão para o encerramento de 2006 não passa de R$ 2,40.

Governo e empresários começaram 2005 com expectativas de que o saldo da balança comercial (exportações menos importações) não passaria de US$ 26,4 bilhões no ano – abaixo, portanto, dos US$ 33,66 bilhões registrados no saldo de 2004.

Mas o desempenho do comércio internacional surpreendeu a todos, e o saldo comercial ultrapassa US$ 44 bilhões - número final será anunciado logo mais pelo ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo - e o mercado projeta saldo de US$ 36,98 bilhões para este ano.

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