Mais duas pessoas foram vítimas do golpe do bilhete premiado em Campo Grande e perderam, juntas, cerca de R$ 820,00 na ilusão de que iriam embolsar R$ 75 mil. Os golpistas continuam soltos: a Polícia foi informada também desses casos, mas não conseguiu prender ninguém.

O peão de uma fazenda em Nova Alvorada do Sul, Francisco Dione de Barros Paixão, entregou tudo o que tinha no bolso: R$ 500,00 a uma pessoa que classificou como “simplória” e que pediu sua ajuda para trocar um suposto bilhete premiado de R$ 600 mil. Francisco chegou a Campo Grande – proveniente da fazenda em que trabalha – às 13 horas de ontem; uma hora depois transitava pela rua Cândido Mariano, centro da cidade, quando foi abordado pelo desconhecido.

Enquanto o sujeito “simplório” pedia sua ajuda, outro indivíduo, esse bem vestido e falante, se aproximou, disse que havia ouvido trechos do diálogo e queria ajudar. O “simplório” se mostrou desconfiado, implorou que fosse Francisco o intermediador do saque, até ofereceu-lhe como recompensa R$ 15 mil, mas como garantia pediu que “deixasse a seus cuidados” o dinheiro que possuía. Lá se foram os R$ 500 do peão. Antes de chegarem à Casa Lotérica para trocarem o bilhete, o “simplório” desapareceu.

Também ontem foi registrado o Boletim de Ocorrência de outro golpe, praticado no dia 25 de outubro. Desta vez quem perdeu dinheiro foi uma senhora de 66 anos, Maria das Dores Campos. Ela caiu na conversa de um homem – que parecia bem apessoado – e pediu ajuda para trocar um bilhete fajuto no valor de R$ 629 mil. A recompensa pela ajuda seria de R$ 60 mil. A história se repete: o sujeito pede uma garantia e Maria das Dores entrega-lhe R$ 120 e um relógio pelo qual pagou R$ 199,00.