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Dos oito deputados de MS, seis votaram pela nova CPMF

Paulo Fernandes/Campo Grande News - 12 de junho de 2008 - 13:40

A grande maioria da bancada de Mato Grosso do Sul votou pela criação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), a nova CPMF. Apenas os deputados Antônio Cruz (PP) e Waldir Neves (PSDB) foram contra a criação do imposto. A CSS foi aprovada na Câmara com 259 votos a favor, apenas dois a mais que o necessário.

Os outros seis deputados federais - Antônio Carlos Biffi (PT ), Dagoberto Nogueira (PDT), Geraldo Resende (PMDB), Nelson Trad (PMDB), Vander Loubet (PT) e Waldemir Moka (PMDB) - votaram pela aprovação do imposto.

O deputado Nelson Trad (PMDB), que antes da reunião do partido havia demonstrado desconforto em relação a votação de um novo imposto, disse que votou com a consciência e que não sofreu qualquer tipo de pressão, como do governador André Puccinelli, defensor da proposta.

“Eu não recebi nenhuma solicitação. Posso falar também em relação aos outros (deputados da base aliada), o governador em nenhum momento interferiu. Se assim fosse, o Moka teria solicitado”, afirmou em entrevista ao Campo Grande News.

Trad disse que apenas a posição do partido refletiu na decisão dele e afirmou que votou a favor da criação da CSS levando em conta o mecanismo de isenção que preserva aposentados e pensionistas do INSS, além de trabalhadores com salário de até R$ 3.038. “Setenta e sete por cento da bancada do PMDB votou pela CPMF”, afirmou.

O deputado peemedebista disse ainda que votou a favor da criação do imposto porque se certificou que há determinação da União de repassar o recurso integralmente para a saúde.

Já o tucano Waldir Neves considera a medida incoerente. ”O Governo comemora recordes consecutivos de arrecadação e, mesmo assim, insiste em criar novas formas de abocanhar ainda mais recursos – quando a questão é claramente de má gestão do dinheiro público”, afirma o deputado em um artigo.

Para ele, a alta carga tributária emperra o setor produtivo e dificulta a vida do contribuinte, e até “incentiva até a indústria da falsificação”, no caso da incidência de impostos no setor de software, que chega a 30%.

Reação - Entidades publicaram nesta quinta-feira uma nota de repúdio contra o voto dos deputados. A nota, que erroneamente inclui o deputado Antonio Cruz entre aqueles que votaram pela criação da nova CPMF, é assinada pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul), Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), OAB/MS (Ordem dos Advogados) e ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande). As entidades questionam a quantidade de impostos que são pagas pelos brasileiros.

Trad considerou o movimento “natural”, mas desafiou as entidades a conseguirem assinaturas contra o resultado da votação daqueles que ficaram isentos do imposto (pensionistas, aposentados e trabalhadores assalariados que recebem até R$ 3.038). “Eu votei para afasta-los dessa cobrança”, disse.

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