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Dos nove vereadores detidos pela PF, três são candidatos

Campo Grande News/ Fernanda França - 01 de setembro de 2010 - 10:43

Dos nove vereadores de Dourados detidos pela Polícia Federal por meio da operação Uragano, três são candidatos nestas eleições.

O presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), e os vereadores Aurélio Bonatto (PDT) e Marcelo Barros (DEM) estão concorrendo ao cargo de deputado estadual.

Sidlei e Marcelo disputam uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa pela coligação “Amor, Trabalho e Fé”, encabeçada pelo governador André Puccinelli (PMDB).

Já Aurélio Bonatto concorre pela coligação “A Força do Povo”, liderada por Zeca do PT.

Ao todo, Dourados tem 12 vereadores, dos quais nove estão presos, acusados de envolvimento em fraude de licitações, formação de quadrilha, enriquecimento ilícito e corrupção.

Além de Bonatto, Sidlei e Marcelo Barros, foram presos Edvaldo Moreira (PDT), Humberto Teixeira Junior (PDT), José Carlos Cimatti Pereira (PSB), José Carlos de Souza, o Zezinho da Farmácia (PSDB), Júlio Luiz Artuzi (PRB), que é tio do prefeito Ari Artuzi (PDT), e Paulo Henrique Amos Ferreira, o Bambu (DEM).

É a segunda vez que o presidente da Câmara é preso pela Polícia Federal, assim como Bambu e Júnior Teixeira. No ano passado, a acusação era de envolvimento em esquema fraudulento de execução de serviços, principalmente funerários. O cabeça do esquema era o empresário Sizuo Uemura. A operação, na época, foi batizada de Owari, que significa ponto final em japonês.

O prefeito chegou há pouco à sede da Polícia Federal, depois de ter sua prisão temporária decretada e sua casa revistada por agentes. Vários secretários também estão presos e empresários estão detidos para depoimento.

O vereador Gino Ferreira (DEM), que é segundo suplente de Waldemir Moka (PMDB) na corrida pelo Senado, também está na sede da PF, mas só para prestar depoimento. Não há mandado de prisão expedido contra ele.

De acordo com a Polícia Federal, as fraudes consistem no direcionamento de licitações por meio de corrupção de servidores públicos e agentes políticos. Os acordos fechados com as empresas escolhidas ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato.

Segundo a PF, os valores arrecadados serviam para o pagamento de diversos vereadores de Dourados, para caixa de campanha e compra de bens pessoais ao prefeito.

Cerca de 200 policiais federais estão envolvidos na operação.


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