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Dólar termina janeiro com cotação estável a R$ 2,316

Stênio Ribeiro, ABr - 30 de janeiro de 2009 - 19:45

Brasília - A cotação do dólar aumentou 1,04% no último pregão de janeiro, mas terminou o mês com desvalorização de 0,81%. Dá, assim, uma mostra de que encontrou patamar de estabilidade em torno de R$ 2,30. Em especial, se for considerado que a moeda norte-americana se valorizou apenas 0,56% em dezembro.

Já são dois meses sem grandes variações, depois das fortes turbulências no mercado cambial, de agosto a novembro de 2008, período no qual o dólar se valorizou 48,7%. Mas, de lá para cá a cotação tem variado menos, para cima ou para baixo, principalmente em decorrência dos leilões do Banco Central.

Nos leilões quase diários, a autoridade monetária oferece a moeda americana em vendas à vista, com queima de reservas internacionais e sem divulgação de valores, além das liberações de dólares aos bancos para financiar as exportações, via empréstimos, com retorno futuro às reservas depositadas no BC.

De acordo com números da consultora Economática, a moeda americana terminou 2007 cotada a R$ 1,777 e continuou caindo por todo o primeiro semestre de 2008, em razão da crescente entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo. Principalmente depois que o Brasil foi considerado “grau de investimento”, em abril, por duas agências de classificação de risco.

No final de julho o dólar foi cotado a R$ 1,562, com desvalorização de 12,2% nos sete primeiros meses de 2008 e o nível mais baixo da cotação do dólar desde janeiro de 1999, quando passou a vigorar o regime de câmbio flutuante.

Mas, a partir de então começaram a aparecer os desdobramentos da bolha hipotecária, revelada ao mundo em agosto de 2007, com epicentro nos Estados Unidos e reflexos imediatos na Europa e Japão, com os investidores estrangeiros transferindo investimentos no Brasil para cobrir prejuízos em seus países.

A situação se complicou mais ainda em setembro, quando o banco Lehman Brothers faliu por causa do agravamento da crise financeira internacional. Aí o mundo das finanças tremeu, porque tratava-se do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, e a saída de divisas foi mais acentuada ainda.

Com menos dólares no mercado, a cotação da moeda americana subiu até atingir a cotação mais alta (de R$ 2,508) em 4 de dezembro, por causa da constatação de recessão, com desemprego, nos Estados Unidos, Europa e Japão. Mas, a partir de então a cotação do dólar declinou e se estabilizou no patamar atual.


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