O dólar registrou alta pelo segundo dia consecutivo no mercado brasileiro, encerrando a terça-feira (5 de junho) sendo vendido a R$ 1,946 – alta de 0,93%. Segundo a Reuters, desde que fechou a R$ 1,902 na sexta-feira (1º), valor mais baixo desde outubro de 2000, a divisa norte-americana subiu 2,3%.

Analistas de mercado consideram que a alta é resultado de notícias sobre a economia dos Estados Unidos, onde é cada vez menor a expectativa de queda nos juros neste ano. O juro mais alto nos EUA teoricamente retira investimentos dos países emergentes, uma vez que os operadores do mercado global passariam a buscar segurança.

Dois outros fatores são apontados como possíveis responsáveis pela alta do dólar: a “ressaca” causada pela maior interferência do governo da China no mercado de ações (medida tomada para conter o superaquecimento da economia chinesa), fazendo com que investidores começassem a retirar recursos dos países emergentes para cobrir perdas; e a reunião do Conselho de Política Monetária do Brasil, que nesta quarta-feira (6, véspera do feriado de Corpus Christi) anunciará decisão sobre o juro básico nacional.

A expectativa é de que seja aplicado um corte de 0,5% na taxa Selic, medida que seria tomada, também, para conter a desvalorização do dólar. A alta taxa de juro brasileira – hoje em 12,5% ao ano – serve de atrativo para capital estrangeiro, o que aumenta a procura pelo real e a demanda de dólares no mercado.