Os desdobramentos políticos no cenário doméstico continuam guiando o movimento do mercado financeiro brasileiro hoje. Às 15h29, o dólar tinha alta de 0,57%, para R$ 2,464 na venda. A Bovespa voltava a ampliar a queda, com desvalorização de 1,57%.

O risco-país sobe 2,79% nesta tarde, para 442 pontos. O indicador mede a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil. Quanto mais alto, menor a credibilidade do país no exterior.

Ontem, o dólar chegou a subir mais de 2% e a Bovespa caiu mais de 4% ao longo do dia. Entretanto, no final dos negócios, o dólar reduziu a alta para 0,94% e a Bolsa paulista fechou em queda de 3,07%.

Depois das denúncias do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, de que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava uma mesada a parlamentares em troca de apoio no Congresso, o clima de cautela dominou os mercados.

Em resposta à crise política que se agravou após as denúncias do presidente do PTB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara a troca das diretorias dos Correios e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). As mudanças nas estatais estão sendo negociadas desde ontem à noite e devem ser anunciadas hoje. Elas fazem parte de um primeiro conjunto de respostas à crise.

Nos Estados Unidos, as Bolsas têm desempenho positivo, em reflexo a declarações feitas na noite de ontem pelo presidente do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA), Alan Greenspan, sobre os juros, que levaram a interpretações de que os aumentos na taxa básica norte-americana poderão ser interrompidos.

O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,51%. A Bolsa eletrônica Nasdaq registra valorização de 0,18%.