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Dólar opera em alta em dia volátil

Agência Brasil - 18 de novembro de 2004 - 15:25

Na quarta-feira, o Banco Central continuou o movimento de aperto monetário e elevou a taxa básica de juro em 0,50 ponto percentual, para 17,25% ao ano.

Analistas explicaram que a Selic mais elevada traz a expectativa de novos ingressos no mercado, o que favorece o declínio do dólar.

"Com a Selic mais alta, fica muito mais fácil ficar vendido em dólar", afirmou Hideaki Iha, analista de mercado da corretora Souza Barros.

Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação, o aumento nos juros faz com que "o mercado saía do dólar e vá para o juro", já que se torna a opção mais rentável.

Apesar desse movimento, Carreira ponderou que o dólar tem sido mais influenciado pelo fluxo de negócios, que nos últimos dias mostra-se muito positivo. Nesta manhã, no entanto, um movimento de compra de algumas empresas impunha certa pressão sobre a cotação, disseram operadores.

Os dois analistas acreditam que a tendência da divisa norte-americana é continuar em queda em relação ao real, já que segue o movimento de enfraquecimento do dólar frente a outras moedas.

O euro atingiu novo recorde de alta sobre o dólar nesta quinta-feira, a US$ 1,3074. O dólar também recuou em relação ao iene e ao franco suíço.

O analista da Souza Barros afirmou ainda que "com a expectativa do BC não intervir no câmbio, o dólar cai mesmo". Ele ponderou, por outro lado, que o dólar está em um nível muito baixo "e com qualquer stress mais forte ele volta aos níveis anteriores".

Nesta manhã, o declínio de 4 pontos no risco Brasil, para 427 pontos-básicos sobre os títulos do Tesouro norte-americano também contribuía para o otimismo no câmbio, disseram operadores.

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